8 de dezembro de 2013

VEREADOR DE PARÁ DE MINAS DENUNCIA PM POR FAZER ESCOLTA DE VALORES PARA BANCOS PARTICULARES



O Vereador da cidade de Pará de Minas, Renato Almeida Costa Faria (PPS), disse na sexta-feira (06/12), durante audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada na Câmara Municipal no próprio município, que a Polícia Militar está fazendo escolta de valores dos bancos Bradesco, SICOOB até o banco do Brasil. A denúncia também foi confirmada por populares que estiveram na reunião.

Considerada grave, o Deputado Estadual CABO JÚLIO, que presidiu a audiência, disse que levará a denúncia à Corregedoria e ao Ministério Público para que os órgãos apurem os fatos. "Não queremos saber quem está por trás disso, se é sargento ou major, queremos saber quem é o responsável que em detrimento da segurança da população, está fazendo segurança privada para bancos particulares. Isso é criminoso e considerado improbidade administrativa", ressaltou CABO JÚLIO. O parlamentar lembrou ainda que quem faz este tipo de segurança é carro forte. O parlamentar informou que ja havia recebido esta denúncia de que policiais do PRABAN recebem ordem para abandonar o policiamento das ruas para fazer essa escolta particular, queremos saber quem está dando esta ordem".

Falta de efetivo policial e o crack

Falta de pessoal, tanto na Polícia Militar quanto na Civil, bem como estrutura precária de trabalho para os agentes policiais e inexistência de casas de detenção adequadas e vagas nos presídios. Essa é a realidade da segurança pública em Pará de Minas, conforme relataram autoridades.

A cidade, de 84 mil habitantes, conta com um efetivo de 144 policiais militares, sendo que 11 deverão se aposentar em 2014, com perspectiva de novas contratações somente a partir do 2º semestre do próximo ano. A corporação atende a outras seis cidades na região. Na Polícia Civil, são 57 policiais, sendo cinco investigadores, número considerado muito aquém do necessário para atender a 11 cidades, conforme disse a delegada regional de Pará de Minas, Eliete Maria de Carvalho. Além disso, dois municípios, Papagaios e São Gonçalo do Pará, estão atualmente sem delegados, sendo que o de São Gonçalo do Pará se aposentou em março e até hoje outro não foi nomeado para seu lugar.

O Prefeito do município, Antônio Júlio de Faria (PMDB), argumentou que não há projeto de Estado para a segurança pública de Pará de Minas, mas sim de Governo. Ele lembra que há 25 anos, não faltavam policiais nos destacamentos da região e deixaram com que as coisas fossem se acabando. "Essas audiências públicas são importantes para que possamos cobrar do Governo um planejamento adequado para a polícia militar. É preciso tratar a segurança pública como uma questão de Estado e não de Governo", criticou. O prefeito elogiou à atuação do Deputado CABO JÚLIO no que se refere aos trabalhos da comissão de segurança pública da ALMG.

O presidente da Câmara Municipal de Pará de Minas (CMPM), Vereador Marcílio Magela de Souza, pediu ao Deputado que levasse ao Governo o pedido de envio de mais homens para o município. "Depois da duplicação da BR 262, a violência aumentou na região", disse.

“Infelizmente os pleitos são os mesmos, os discursos são os mesmos, todos sabem das necessidades e elas vêm sendo postergadas há pelo menos dez anos”, lamentou o promotor Renato Vasconcelos de Faria. Segundo ele, grande parte dos crimes cometidos atualmente tem origem no vício no crack. “O Estado e a sociedade estão perdendo a guerra contra o crack. Sem atacar essa questão, não vamos resolver o problema”, destacou. O promotor relatou ainda que as forças policiais e judiciárias passam o dia a dia combatendo apenas o pequeno tráfico, não havendo um trabalho de inteligência para detectar os grandes traficantes e evitar a distribuição da droga na cidade. Ele se queixou dos gastos do governo com propaganda e disse que essa verba poderia ser usada para melhorar a segurança da população.

O Deputado CABO JÚLIO sugeriu tanto para a comunidade presente e tanto para as autoridades, que realizem convênios e parcerias com comunidades terapêuticas para o tratamento de dependentes químicos. Ele advertiu que, muitas vezes, a população espera que o poder público resolva todos os seus problemas, mas que a conscientização quanto ao perigo do crack é uma responsabilidade dos pais que não pode ser transferida para a polícia."O problema da segurança pública é um problema de todos", afirmou.

Mudança na Legislação

Mudança na legislação penal foi outro argumento das autoridades e dos populares presentes. CABO JÚLIO fala das deficiências do Estado em manter os presos da cadeia e da legislação deficiente que os mantêm soltos. VEJA NO VÍDEO.



Resultado da Audiência

No final dos trabalhos, vários requerimentos serão encaminhados para aprovação na próxima reunião da Comissão de Segurança Pública para pedido de providências quanto às demandas sugeridas da reunião.

Um dos requerimento solicita ao Governador que providencie a reestruturação da Área Integrada de Segurança Pública (AISP) da região. Ao Comando Geral da PM será enviado solicitação de aumento de efetivo para a 19ª Cia PM de Pará de Minas. Para a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS) será enviado solicitação para instalações de um Centro Acautelamento para menores e de uma casa do albergado.


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1 comentários:

Anônimo disse...

em pirapora estamos deixando os bairros a merce do crime, pois temos ordens de passar toda a madrugada na porta dos bancos, e preventivo?