Projeto precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa; intenção é retirar termo 'militar', inserido na ditadura
Polícia Militar de São Paulo vai mudar de nome. Uma Proposta de Emenda Constitucional encaminhada pelo governador José Serra (PSDB) à Assembleia Legislativa volta a chamá-la de Força Pública. Trata-se do título usado durante 67 anos pela corporação durante três períodos distintos da vida republicana - o último deles foi encerrado em 1970, quando o Exército, durante o regime militar, impôs o atual nome à instituição que surgira da fusão entre a antiga Força Pública e a então Guarda Civil do Estado.
A PEC de Serra deve ser publicada hoje no Diário Oficial. Para a mudança ocorrer, os deputados estaduais têm de aprová-la por dois terços dos votos em dois turnos. A proposta estava em estudo no comando da PM desde o ano passado. Ela havia sido encaminhada pelo comandante-geral, coronel Álvaro Batista Camilo, à Secretária da Segurança Pública em dezembro. O secretário Antônio Ferreira Pinto concordou com a proposta e a enviou ao Palácio dos Bandeirantes. Serra decidiu que a mudança era necessária, positiva e oportuna.
Para o governo, ela será uma forma de aproximar a polícia da população. Não se trata de mera alteração de nome, mas de um item do processo de mudanças internas da corporação. A Força Pública continuará sendo a polícia militar de São Paulo, conforme previsto pela Constituição Federal - esta determina que a segurança pública no País é divida entre polícias federal, militar e civil. Será, no entanto, a primeira dessas corporações a retirar o termo "militar" de seu nome no País - no Rio Grande do Sul existe a Brigada Militar e todos os demais Estados têm polícias militares.
A necessidade de PEC para mudar o nome ocorre porque a Constituição do Estado de São Paulo determina que o nome seja Polícia Militar, o que não ocorre com a Constituição Federal. "Não se quer mudar o nome para mudar a polícia", disse o comandante-geral, Álvaro Batista Camilo, aos seus subordinados. Camilo e o subcomandante-geral, coronel Danilo Antão, enfrentaram resistências entre oficiais do Estado-Maior da corporação, que viam no resgate do antigo nome a lembrança de uma época em que a corporação era mais uma espécie de Exército estadual, como a Guarda Nacional nos Estados Unidos, do que uma polícia. Também se ressentiam da ausência do termo "polícia".
Os argumentos favoráveis à mudança, além do resgate histórico, era o fato de a Força Pública ser a designação dada pela Declaração dos Direitos do Homem de 1789 feita pela Revolução Francesa, que dizia que "a garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública".
TRADIÇÃO
Todas as datas comemorativas da PM e até mesmo seu hino mantêm ainda hoje a menção e a memória da antiga Força Pública, pois no processo de junção com a Guarda Civil prevaleceu na corporação a cultura da Força Pública - nunca um antigo membro da Guarda comandou a PM.
O alvo principal dessa mudança é a retirada da palavra militar do nome da polícia. Ela é mais um passo no processo iniciado nos 1990 com as políticas de polícia comunitária e de defesa dos direitos humanos e pela mudança de vários setores da corporação, como o de inteligência, que trocou o foco de suas atividades, deixando de lado a guerra revolucionária para investir no combate à criminalidade em geral, principalmente a organizada. Trata-se, para os oficiais, de um processo que levou ao abandono de uma visão de combate ao inimigo interno e defesa do Estado para a adoção de uma política de proteção da comunidade.
OS NOMES DA POLÍCIA
1831: Criada pelo regente Feijó e pelo brigadeiro Tobias de Aguiar a Guarda Municipal Permanente
1837: A guarda se transforma em Corpo Policial Permanente
1866: Com o engajamento do corpo policial na Guerra do Paraguai, a polícia passa a ter o nome de Corpo Policial Provisório
1871: Com o fim da guerra, volta a ter "Permanente" no nome
1891: Após a proclamação da República, vira Força Pública
1901: Vira Força Policial
1905: A corporação volta a ter o nome Força Pública
1939: O interventor do Estado Novo muda o nome novamente para Força Policial
1947: Com o fim da ditadura de Vargas, retoma o nome de Força Pública
1970: O governo militar impõe a fusão da Força com a Guarda Civil e a adoção do nome Polícia Militar
fonte: ESTADÃO
fonte: ESTADÃO
12 comentários:
Mto boa a proposta.
Preocupar com mudança de nome, mas salário que é bom mesmo o governo local não se preocupa.
E TEM MAIS, COM A PEC 300 SÃO PAULO FICA DE FORA, POIS NÃO SER4Á MAIS POLICIA MILITAR
E TEM MAIS, COM A PEC 300 SÃO PAULO FICA DE FORA, POIS NÃO SERÁ MAIS POLICIA MILITAR
O Governador José Serra deveria era se preocupar com os baixos salários de seus militares estaduais e não com troca de nome da instituição, se bem que já começa com um movimento simbólico para a desmilitarização da Polícia Militar, que a muito precisa de mudanças estruturais profundas para atender a sua vocação e finalidade que é ser uma agência pública de atendimento e garantia dos direitos do cidadão.
Coisas de PSDB.
Fora PSDB.
Pede pra sair.
Se a PEC 300 for aprovada vamos com Dilma e quem ela indicar em MG.
Somente um malluco e desmiolado pode ter feito um comentário deste acima. O PT só não acabou com o Brasil porque este é muito forte e resiste aos incompetentes históricos, principalmente, os barbudos, analfabetos e fedorentos do PT.
Não se esqueçam colegas, DILMA foi uma terrorista e seus grupos foram responsáveis pela morte de vários policias, guardas de bancos, seguranças e um pobre marinheiro inglês de 19 anos. Ela foi ladra também. Assaltou um cofre do ex-governador de São Paulo e o dinheiro, nunca apareceu. Não defendo José Serra e até não gosto dele. Detesto também o PT. Mas Dilma é a pior espécie de gente do PT.
É PREOCUPANTE SE ISSO OCORRER EM MINAS. NOME BONITO "FORÇA PÚBLICA". MAS NÃO É POLÍCIA. LEMBREM-SE QUE OS NOSSO COLEGAS POLICIAIS CIVIS SEMPRE SE VANGOLORIARAM EM DIZER QUE POLÍCIA SÃO ELES. NÓS SOMOS SÓ MILITARES.
SE RETIRAR A NOMENCLATURA "POLÍCIA" DE NÓS, NÃO SEI NÃO. AÍ É QUE ELES TERÃO RAZÃO. A LUTA POR MELHORES SALÁRIOS É PARA OS POLICIAIS E NÃO PRA SOLDADOS. NÃO SE ESQUEÇAM DISSO.
A questão proposta por Serra é exorcisar de vez a imagem do autoritarismo herdada da ditadura e que é lembrada pelo nome militar.
A reforma deve ser principalmente estrutural.
Agora, a questão de salário deve ser observada,por qualquer que seja o nome.
Que maravilha e a democracia ! Ate que en fim teremos a chance de sairmos da escravidao dos coroneis. Alguem de inteligencia neste pais deve tomar esta decisao,pois o militarismo na policia so serve p/ acobertar safadeza, truculencia ,covardia destas quadrilhas estreladas, que sempre encontram um escudo neste livro de tortura que se chama CODIGO PENAL MILITAR.Isto e o futuro chega de truculencia, nao existe mais espaco p administradores q so se juntam em grupinhos, somente para favorecimento proprio em prejuizo de outros .A policia por ser MILITAR nao e sinal de ORGANIZACAO mas sim de DESORDEM , OPORTUNISMO, POLITICAGEM e safadezas dignas de de GRANDES QUADRILHAS DE BANDIDOS. Dizem que a escravidao foi abolida mas se enganam ,todos os policiais que nao sugam a teta do CMT geral continuam ACORRENTADOS pela garganta.E O militarismo nas maos de maus administradores. COMANDATES MILITARES DESTRUIRAO sua vida ,sua familia , sua saude , destruirao vc e ainda posaram de santos por detras do estatuto militar. UNIDOS ACABAREMOS COM ESTA MERDA
Caros Companheiros:
Estamos em um ano eleitoral e é chegada a hora de mostramos a nossa força também na politica.Aprendemos desde a escola de recruta que temos que combater o inimigo com a Supremacia de Forças e é isto que devemos fazer. Não adianta termos 200 candidatos para concorrer. Preferivelmente que tenhamos 4 para ganhar, pois se tivermos esta conscientização sabemos que com nosso pessoal poderá elegê-los. Chega de demagogia e ataques pessoais a quem não merece nem ao menos uma Continência.Nossa Supremacia de força está no nosso voto e assim vamos escolher candidatos que realmente sejam compromissados com nossa entidade e enganjados no seio de nossa familia Policial Militar. Sgt Gilvan
Caros Companheiros:
Estamos em um ano eleitoral e é chegada a hora de mostramos a nossa força também na politica.Aprendemos desde a escola de recruta que temos que combater o inimigo com a Supremacia de Forças e é isto que devemos fazer. Não adianta termos 200 candidatos para concorrer. Preferivelmente que tenhamos 4 para ganhar, pois se tivermos esta conscientização sabemos que com nosso pessoal poderá elegê-los. Chega de demagogia e ataques pessoais a quem não merece nem ao menos uma Continência.Nossa Supremacia de força está no nosso voto e assim vamos escolher candidatos que realmente sejam compromissados com nossa entidade e enganjados no seio de nossa familia Policial Militar. Sgt Gilvan
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