Entidades sindicais vão ocupar o novo complexo público, dia 16, para exigir recomposição salarial
Os servidores de Minas Gerais preparam uma manifestação por reajuste salarial para a próxima semana. Conforme informações do diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde) e da Coordenação Intersindical, Renato Barros, será a primeira manifestação na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, nova sede do Governo estadual, na Região Norte da capital.
A data do movimento foi acertada entre as entidades envolvidas para o próximo dia 16, terça-feira. Neste dia, os servidores pretendem ir ao novo complexo público para cobrar recomposição salarial. De acordo com o sindicalista Renato Barros, em quase oito anos de gestão, os servidores receberam apenas três reajustes (2005, 2006 e 2008). Houve variação no reajuste de 5% a 42% e, conforme Barros, os beneficiados com maiores recomposições têm mais escolaridade.
“Temos jornadas variadas em cada segmento. Médicos, por exemplo, que trabalham na Secretaria de Saúde e estão à disposição de municípios têm salário inicial de R$ 900. Já os médicos que trabalham na Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) possuem salário inicial de R$ 1.800. Pedimos recomposição salarial com valores diferenciados, pelas perdas acumuladas dos últimos anos”, explicou.
O secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro, informou que o governador Aécio Neves (PSDB) já encaminhou para sua equipe econômica um estudo para verificar a possibilidade de atender os servidores no que diz respeito à recomposição salarial. O secretário avisou que as reivindicações podem não ser integralmente atendidas, pois o Governo precisa cumprir limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A LRF determina limites para gastos com pessoal, tendo como base a arrecadação do Estado. Danilo de Castro ainda afirmou que a intenção do Governo é de que uma boa notícia para os servidores seja anunciada antes que Aécio deixe o governo, no próximo dia 2.
Nesta quarta-feira (10), o governador sinalizou que em breve poderá atender parte de reivindicações salariais do funcionalismo. “Em relação à questão dos servidores, nós estamos estudando ainda obviamente até o final deste mês, a possibilidade de alguns avanços, sempre premidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e obviamente pela expectativa de receita que nós prevemos para este ano. Mas é possível que alguns avanços venham mesmo que não atendendo a expectativa e a demanda que eu gostaria firmemente de atender, mas no limite das condições do Governo eu gostaria de deixar ainda alguns gestos na direção dos servidores”.
FONTE: HOJE EM DIA
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