COMANDOS DO 11º RPM E DO 50º BPM NÃO CUMPREM RESOLUÇÃO 3542 E SACRIFICAM MILITARES COM ESCALA ABUSIVA
Sessenta horas semanais. Este é o tempo que alguns policiais do Norte de Minas estão sendo submetidos para o policiamento da região. Destacamentos de Cristália, Botumirim e Capitão Eneas, subordinados da 211º Cia de Francisco Sá, estão com contingente inferior ao necessário, sacrificando militares da região. Há escalas, segundo denúncia, que podem chegar a 84 horas por semana.
Na denúncia consta patrulha noturna (p.n) de quatro horas para o primeiro dia (20hs a 00hs), de 11horas para o segundo dia (13hs a 00hs) e no terceiro dia, 13horas (00hs às 13hs) perfazendo um total de 24horas consecutivas, iniciando um novo ciclo sem folga.
Segundo a resolução 3542 de 07 de julho de 2000, descanso é o espaço de tempo, entre duas jornadas consecutivas, destinado à recomposição orgânica do militar e folga é o espaço de tempo que fecha um ciclo de empenho em que o militar fica desobrigado da escala de serviço para complementação de sua recuperação orgânica.
Solução Política
De acordo com as informações do comandante da 211ª Cia de Francisco Sá, Capitão Cleber, o problema de contingente deve ser resolvido através dos deputados e associações de classe. Para Cleber, é humanamente impossível escalar policiais em destacamentos com apenas cinco disponíveis. “Há policias que estão de “atestado médico” e outro estudando em Montes Claros, o que acaba me impedindo de fazer uma escala com apenas três militares disponíveis”, relata. Ele denuncia o fato de que policiais querem trabalhar e estudar em Montes Claros e que por isso estão reclamando da escala.
“Se deixarmos de atender à população, somos cobrados da mesma forma”, afirma o capitão. Para ele, as escalas devem ser adequadas. Cleber também sugere que o concurso público deve ser específico para cada cidade. “Assim, o militar sabe exatamente para onde está indo”, conclui.
De acordo com a Lei
Para um policial da capital, com 26 anos de polícia, o papel do capitão é se adequar à Lei e não submeter os policias a escalas sub-humanas. “Ele deve fazer o papel dele e reportar o problema para seu superior.
Leia o artigo 8º do Capítulo V da Resolução 3542
15 comentários:
CB JULIO.
EM UNAÍ-MG SEDE DO 28ºBPM, OS POLICIAIS FAZEM POLICIAMENTO NO POSTO FISCAL, EM DOIS DIAS CONSECUTIVOS, E RECEBEM APENAS MEIA DIARIA POR CADA DIA, OU SEJA RECEBEM APENAS UMA DIARIA PELOS DOIS DIAS TRABALHADOS. E OS MILITARES, AINDA TEM QUE LEVAR COMIDA, POIS E EM RODOVIA NA DIVISA COM GOIAS E NÃO HÁ NADA PARA SE COMPRAR POR PERTO.
ALÉM DE SÓ RECEBEREM AS DIARIAS POSTERIORMENTE, ALGUMAS ATÉ MESES DEPOIS DE FEITAS.
Sou Sgt e sei como é complicado fazer escalas com apenas 5 PM na fraçãop e ainda mais quando alguns residerem e estudam fora da localidade onde servem, apesar de pela Resolução não ser OBRIGADO a adequar a escala de serviço para atendê-los. Fica a penúria: ou atendemos o militar, às vezes prejudicando um pouco os demais integrantes da fração, ou deixamos-os "murchando" nas longíguas localidades sem ter acesso à cultura. Depois ficamos reclamando porque muitos de nós são despreparados. A responsabilidade é do Estado, mas em muitas situações temos que adotar providências um pouco inadequadas para atender ao público interno e externo.
Concordo com o Capitão Kleber, no sentido dos candidatos concorrerem para as localidades pré determinadas.Em muitas situações o PM está fazendo faculdade e após a conclusão do ctsp ele é designado para um cidade onde não existe faculdade, o que lhe prejudica a conclusão do curso e em muitas situações prejuízos financeiros. O PM sabendo para onde iria após a conlcusão do curso, diminuiria esse fardo pois ele saberia onde iria trabalhar e que iria servir à sociedade.
Já fui comandante de Destacamento em cidade de pouco mais de 5.000 habitantes. O PM trbalhava no seu plantão e depois queria viajar para a sua cidade de origem, às vez ficando a localidade com apenas 02 PM, ou seja, eu e o plantão e tínhamos que atender todo tipo de ocorrência. Graças a Deus não houve nenhum assalto nessa cidade onde eu comandava, porque se houvesse estaríamos no SAL. Por isso acredito que o PM deve morar e permanecer onde ele presta seus serviços, todavia dando-lhe estrutura para isso tal como moradia funcional, escola para os seus filhos, etc.
Seria oportuno o Comandante da Corporação designar uma comissão para apresentar estudo à respeito, pois já passou da hora.
Soldado tem que estar onde o serviço o exigir. Escala é só para dias de normalidade. Se houver qualquer problemas na cidade ou diminuir o efetivo o militar tem que estar disponível. Faculdade só nas horas de folga.
Os relatos mencionados neste espaço me leva a um distante passado,ist é,a exatamente 50 anos atrás.Eu,um jovem PM,fazia parte de um destacamento policial em uma pequena cidade de nosso estado.Naquele tempo tínhamos a hora e o dia certo de receber o serviço,mas nem sempre a hora e o dia certo para deixar o posto de serviço.Muitas vezes,eu fiquei mais de 72 horas seguidas no posto.Até parecia que eu era o lígitimo dono daquele local de trabalho.O resultado,fiquei doente e fui descansar em um Sanatório para tuberculoso,foram quase dois longos anos de tratamento à base de injeções de despacilina e outros tenebrosos medicamentos.Não morri.Agora estou na casa dos 74 anos,e ainda esperando receber minhas últimas diárias de diligência do deslocamento por estrada de terra daquele saudoso destamento até à cidade de Mantena na divisa do Estado do Espírito Santo,onde fiquei doente e nunca mais retornei a destacamento.Na vida tudo passa.Trabalho cansa,mas não mata,se não estaria aqui neste espaço do meu candidato Cabo Júlio!
Em todo o Estado é assim. Cadê o governador e cmt geral. Ambod são fracos.
Os policiais de hoje querem estudar, isso é fato! Eu sou Sd da PMMG e também sou Universitário. A PM está caminhando para o nível superior, isso não é novidade para ninguém. O que precisamos é de Cmdt e companheiros que valorizem verdadeiramente esssa nova vertente: isso é a PM do futuro! Faculdade não é HOBBY para ser frequentada somente na folga. Contudo, todo estudante da PMMG tem a conciência de que se a "situação pegar", não iremos deixar ninguém no "SAL". Ademais, um assalto a banco num destacamento com 5 militares, fatalmente irá precisar de reforço independente de o militar universitário estiver lá ou não. Falo isso pq já trabalhei em destacamento e sei qual é a realidade. Destacamento não tem demanda por policiamento 24hs por dia, basta o regime de plantão e as eventuais ocorrências são facilmente resolvidas por dois militares.
Resumindo, o PM Universitário não é um problema para a institução, tampouco pode ser desculpa para escalas desumanas. Eu cheguei a trabalhar apenas com 2 militares em destacamento e os serviços transcorreram sem alterações. Os Universitários não são culpados pela eventual falta de efetivo de terminadas frações.
Eu penso que o regulamento R-100 da PMMG deve ser modificado no sentido de obrigar os PM a permanecerem nas localidades onde trabalham, contudo dando-lhes estrutura como moradia, assostência à saúde, etc. Todavia, os que fazem faculdade devem trabalhar onde existem os cursos que fazem. Não justifica o PM querer ficar na maciota, só trabalhando em uma cidade grande (com recursos - faculdade, etc.), não estudando, solteiro, e outros se matando em deslocamentos de uma cidade para outra para estudar, e ainda desfalcando a fração policial. São mudanças que devem ser pensada pelo nosso Comandante Geral, afinal estamos no século XXI e o nosso R-100 e de ????????????.
Infelizmente alguns militares ainda pensam como ditadores, principalmente aqueles na função de comando. Não interessa a localidade, se há efetivo ou não, o que tem que ser respeitado é a dignidade de cada um. É preciso entender de uma vez por todas que militar também é gente e precisa ter vida social, que realizamos uma profissão de risco e precisamos sim de uma carga horária diferenciada, assim como a área da saúde por exemplo. se realizarmos uma analise sobre a vida dos militares após os trinta anos de serviço, veremos que boa parte está com estafa física e mental, muitos cansados e desanimados pois entregaram toda a sua energia para a corporação. É preciso que nossos governantes entendam isso e mudem essa realidade, pois no que depender de nossos comandantes, seremos cada vez mais escravos!
Muitos não entendem o que é ser militar. Ingressam na PM de olho no salário que, apesar de pouco exite e é certo. Depois querem usufruir só dos direitos esquecendo-se dos deveres. Militar em qualquer parte do mundo existe porque sua demanda é por sacrifícios. Universidade é quando tiver tempo.
O que está acontecendo no Norte de Minas, em relação ao tratamento dado aos Policiais Militares é vergonhoso, não somente em ralação às escalas de serviço ilegais, mas também ao empenho de militares em DSP's de longa duração sem o pagamento devido das diárias ou parcelas de alimentação, concorrendo para que os policiais tenham que se alojar e alimentar as próprias custas mesmo que a PMMG tenha recebido dos organizadores de eventos os valores integrais das Taxas de Segurança Pública qye deveriam servir para assistenciar o trabalho dos militares em locais diferentes daqueles onde servem.
Esses pensamentos de alguns militares que acham que faculdade é coisa de quem esta querendo dar "chapel", ou que esta querendo ficar fora de um destacamento é coisa de militar que não quer crescer pessoal nem proficionalmente, pensamento de gente retrógrada que acha que a vida se resume em torno de si e suas frustrações, querendo prejudicar quem quer crescer dentro da nossa tão Gloriosa corporação e pessoalmente também. E ao contrário do que algumas pessoas falam, na maoiria dos destacamentos e subdestacamentos a vída é muito dura para os militares, pois em alguns lugares nem assistencia médica pode-se conseguir direito, as escalas os obrigam o militar a trabalhar no seu horário de descanso e muitas vezes suas folgas são cassadas e não repostas por seus superiores. quem acha que a vida em destacamento é fácil é quem nunca viveu a realidade de trabalhar num plantão de doze horas e ir para sua casa descansar, e para não prevaricar, ou ser punido de qualquer forma, ter que sair para atender tal ocorrência ao acabar de se deitar tendo tido trabalhado durante seu turno normal, quem quer prender o militar em tempo integral no destacamento, é gente que esta perto de sua família e não percebe que o militar, em quase cem por cento das vezes é destacado para muito longe de seus entes queridos, enquanto outros permanecem bem acomodados em suas residências apenas achando que são donas do mundo. HÁ QUE SE PENSAR SIM EM MODOS DE SE AJUDAR MILITARES DESACADOS, POIS EXPOR OS MILITARES A CONDIÇÕES DESUMANAS DE TRABALHO, É O MESMO QUE REDUZIR A VIDA ÚTIL DESTES MILITARES, FAZENDO COM QUE UMA PESSOA QUE TENHA UM FUTURO PROMISSOR DENTRO DA INSTITUIÇÃO SEJA APENAS MAIS UMA PESSOA FRUSTRADA E SEM CONDIÇÕES DE PRESTAR O SERVIÇO DIGNO QUE A POPULAÇÃO MERECE.
As escalas do Norte de Minas realmente são abusivas, pois além de ter que trabalhar em descanso e folga, ainda tenho que trabalhar em outras cidades incluindo pelotão e sede! Trabalho num dst que é refém da prefeitura porque a viatura está sempre quebrada, às vezes não tem linha no telefone fixo (por falta de pagamento), falta de materiais de limpeza e escritório... O previsto seria sete militares, mas devido a "forças e comandos" que não compreendo, são somente cinco militares na cidade. Descanso e folga poderia ser aproveitado para rever minha família em Montes Claros, mas devido a excelente estratégia do comando, "se viajar, a cidade fica desprotegida". Para atender a sede pode até mesmo fechar o quartel, mas para ver a família... Dificilmente se recebe diária por aqui, pois sgt's não mandam a documentação em tempo hábil e fica tudo por isso mesmo, afinal, "são só soldados", porém quando entra um sgt em dsp sempre tem diária. Ficar só na cidade? Em algumas cidades isto é normal, pois é impossível ficar tanto tempo longe da família e ver que tal regra não se aplica ao cmt da fração. Destacado? Somente alguns sabem o que é isso. O último ctsp que foi realizado na cidade de Montes Claros deixou mais de cem novatos na cidade enquanto nos dst's do Norte de Minas alguns militares já amargam anos e anos sem esperanças de voltar para suas casas. Falta de dinheiro nos cofres para pagar ajuda de custo ou peixada? Comentário anônimo porque senão a perseguição vem com tudo.
Boa tarde, companheiro. Você teria conhecimento de que esta resolução poderia se estender a outros estados da Federação? Faço parte das fileiras da PMPE. Desde já agradeço a força. Um abraço.
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