Inconformados com a falta de respeito com a categoria, cerca de 500 militares entre policias e bombeiros ingressaram com ações individuais contra o governo do Estado de Mato Grosso e Batalhão da Policia Militar requerendo o pagamento de horas extras da verba indenizatória denominada - auxílio uniforme.
Os advogados Ronaldo Martins Fraga, Triana Campana Michelis e Renata Faria de Oliveira Vilella, remeteram cópia dos processos ao Ministério Público Estadual e Conselho Nacional de Segurança Pública onde cobram explicações de que forma ocorreram os repasse de verba do “auxilio fardamento” para esses militares. As ações são referentes às cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres e Sinop.
Conforme as denúncias formatadas o valor do auxilio deveria garantir a aquisição dos fardamentos de passeio, operacional, mas, os R$ 200 repassados pelo governo somente garantem a compra de uniformes para educação física ou seja calção e camiseta. Os praças desembolsam cerca de R$ 1.500 para a compra das vestimentas de trabalho, sendo que a média salarial é de R$ 1.600/mês.
“Eles estão desesperados porque além de ganharem pouco ainda não recebem o abono do auxilio uniforme” justificou o advogado.
No entanto, o que era para ser somente a reivindicação de um direito adquirido tornou-se, um verdadeiro caso de polícia. Segundo informações dos advogados o Comando da Policia Militar ingressou com medidas punitivas contra os militares “contraventores”, numa tentativa de reprimir aqueles que recorrem a Justiça em busca de seus direitos. Como represália, uma sindicância foi aberta para apurar quem são os praças que ingressaram com as ações, sob pena de serem expulsos da corporação e diante disto muitos praças desistiram das ações.
Como um ciclo os militares vivem, “amordaçados” e sem salários dignos, desgastados com a jornada de trabalho acima da média, eles convivem com o stress do dia-a-dia e diante dos conflitos diários muitos não agüentam a responsabilidade de “zelar pela segurança” da população e descontam e com carga excessiva de trabalho nas bebidas alcoólicas, drogas e na própria família.
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