19 de novembro de 2010

Comandantes de Bombeiros do Brasil se reúnem em Curitiba

Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros de todo o Brasil se reuniram nesta quinta-feira (18), em, Curitiba, durante a 3ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. Foram discutidos os projetos de leis para a regulamentação dos bombeiros civis, como brigadistas e bombeiros comunitários, alterações na infraestrutura nacional para o melhor atendimento à população durante a Copa do Mundo e a possível integração entre Corpo de Bombeiros e Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). 
A reunião faz parte dos trabalhos da Liga dos Bombeiros (Ligabom), da qual participam os comandantes-gerais dos Corpos de Bombeiros de todo o país. Um dos principais pontos das discussões foram as melhorias para a atuação dos bombeiros militares durante os jogos da Copa do Mundo de 2014. 
“Foi entregue um documento ao Secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça no qual foram formalizados 13 pontos fundamentais para as corporações dos bombeiros militares de todo país durante os eventos esportivos”, afirma o Presidente da Liga dos Bombeiros e Comandante do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, Coronel Carlos Eduardo Poças Amorim Casa Nova.
Segundo o coronel, o teor deste documento tem foco no bom aproveitamento de tempo relacionado às licitações para aquisição de equipamentos, visando a segurança na área de emergência, calamidade e desastres. “Os principais pontos são a estruturação de segurança nos locais de chegada das delegações nos aeroportos, nos portos, nos terminais rodoviários e ferroviários, segurança nos hotéis e nos locais de competições, nos ginásios e estádios; e a segurança em todo o litoral brasileiro”, afirma Casa Nova.
BOMBEIROS E SAMU – Durante a reunião, foi apresentada a proposta de integração dos serviços realizados pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros. O Consultor de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Eduardo Fernandes Souza, mostrou o projeto piloto do Mato Grosso do Sul. “Neste projeto, o Samu trabalha com o Corpo de Bombeiros do estado. Médicos e enfermeiros são colocados em viaturas, tanto terrestres quanto aéreas, para o atendimento em conjunto”, disse. 
“Nosso interesse é regular o serviço de urgência e emergência. Toda a viatura pré-hospitalar, seja dos Bombeiros ou do Samu, deve mandar o acidentado para o local correto, cujo atendimento será feito mais agilmente”, destaca Souza. “Desta forma a população estará mais bem atendida. Também não haveria duplicidade de atendimento”, relata o Comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, Coronel Geraldo Domaneski. 
“A ideia é que entremos em consenso para que haja padronização no Brasil, porque hoje cada cidade, cada estado tem um modelo diferente. Isto dificulta o trabalho e o atendimento, tanto para o Governo Federal quanto Estadual”, disse Domaneski. No Paraná, há o atendimento diferenciado pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (Siate). “Este serviço é direcionado para situações que envolvem o trauma, e o Samu trabalha na área de atendimento de urgência, que é por exemplo, o mal súbito”.
A reunião apresentou o projeto e traçou metas para o planejamento de convênios com os municípios e instituições responsáveis. Segundo Souza, todo estado pode realizar um projeto para consolidar essa parceria.
“O fundamental é garantir essa harmonia entre os dois órgãos e para a população que sofre acidente, que é vítima de crime, a qualquer trauma de causa externa o importante é ter socorro, ter o serviço de imediato e com qualidade. Não importa se é Samu ou se é bombeiro”, disse Domaneski. “É justo, certo e necessário que o Ministério da Saúde e Ministério da Justiça entrem num entrosamento e para uma solução definitiva e importante, inclusive por conta da Copa do Mundo. E esses sistemas têm que estar integrado com uma regulação médica única principalmente das cidades sede”, completa.
BOMBEIROS CIVIS X MILITARES – A necessidade de regulamentação das diferentes categorias de bombeiros civis se mostrou presente durante as discussões realizadas nesta reunião. “É preciso que as legislações estadual e federal se complementem no sentido definir quais são as missões e os trabalhos desses bombeiros que não são militares e quais são as missões constitucionais dos bombeiros militares da segurança pública, da emergência, da calamidade e do desastre”, destaca o coronel Casa Nova.
“Além disso, é preciso que estes bombeiros civis sejam orientados, regulados, disciplinados e auxiliados pelos Bombeiros Militares que tem mais de 150 anos, experiências nesses inúmeros serviços, então a gente se preocupa com a qualificação dos instrutores, com a infraestrutura da academia, com a segurança dos alunos que fazem estes cursos”, lembrou o presidente.
O coronel Domaneski ressaltou a diferença que ocorre no Paraná. “Em alguns estados há o Bombeiro Civil e o Bombeiro Voluntário. Nós temos o Bombeiro Comunitário. Este programa tem dado certo nas cidades com menor potencial aquisitivo. O planejamento e controle são feitos pelo bombeiro profissional”, relatou.
FONTE: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ESTADO DO PARANÁ
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