22 de fevereiro de 2011

SÃO PAULO - SECRETÁRIO AFASTA CORREGEDORES QUE APARECEM EM VIDEO DE EX-ESCRIVÃ

Anúncio foi feito por meio de nota na noite desta segunda.
Delegados da Corregedoria em SP deixaram escrivã nua à força.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, determinou na noite desta segunda-feira (21) o afastamento de dois delegados lotados na Corregedoria da Polícia Civil. Eles aparecem em um vídeo em que uma ex-escrivã é obrigada a ficar nua para ser revistada.
A cena foi gravada em 15 de junho de 2009, em uma sala do 25º DP, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo, mas caiu na internet e ganhou notoriedade.
Um terceiro delegado que também esteve envolvido na ação da Corregedoria já não integra mais os quadros do departamento, de acordo com a nota.
O vídeo exibe os corregedores tirando à força a calça e a calcinha de uma escrivã suspeita de corrupção. Ela respondeu a processo administrativo e foi exonerada da Polícia Civil. O inquérito criminal ainda corre na Justiça.
O secretário determinou a instauração de processo administrativo disciplinar para apurar "a responsabilidade funcional" de cada um dos corregedores, bem como do delegado titular da Divisão de Operações Policiais da Corregedoria à época, que, segundo a nota, "concorreu para o desfecho daquela intervenção policial".
O secretário também determinou a expedição de ofício ao procurador de Justiça "manifestando perplexidade com o requerimento de arquivamento do inquérito policial instaurado por abuso de autoridade pelo representante do Ministério Público".
Entrevista
V.F., de 29 anos, se diz traumatizada até hoje com a humilhação a qual foi submetida (Foto: Marcelo Mora/G1)
Ex-escrivã se diz traumatizada até hoje (Foto:
Marcelo Mora/G1
Em entrevista ao G1 nesta segunda, a ex-escrivã de 29 anos disse que se sente humilhada em dobro agora que o vídeo com a cena dentro da delegacia foi postado na internet. “É uma dupla humilhação, no dia e agora”, lamentou. Ela não quis ter o nome divulgado.
“Eles (da Corregedoria) entraram gritando, apontando armas. Naquele momento, eu não conseguia entender o que eles gritavam”, contou a ex-escrivã. Toda a sequência durou de 40 a 50 minutos. Ela disse não ter percebido quando a ação dos corregedores começou a ser filmada.
Segundo a ex-escrivã, em momento algum ela se recusou a ser revistada. Ela insistia apenas para que a revista fosse feita por uma mulher, como determina a lei. “Chamaram uma policial feminina e uma GCM (guarda-civil metropolitana) feminina, mas não deixaram que fizessem a revista”, disse.
“Na hora, senti desespero, acuada por aqueles homens, em uma situação humilhante. Na hora que tiraram a minha roupa, eu pedi pelo amor de Deus para não filmar a minha intimidade. Foi uma violência; como mulher, fui violentada”, enfatizou.
FONTE: G1
Vídeo
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5 comentários:

Anônimo disse...

AGORA EU QUERO VER SE NO BRASIL TEM JUSTIÇA, POIS SE EXISTIR A EQUIDADE NESTE PAIS, ESTES MONSTRO QUE FERIRAM DE MORTE O ART,5º DA CONTITUIÇÃO FEDERAL,VIOLANDO A INTIMIDADE DE UMA MULHER DE FORMA BRUTAL SÓ PARA SATISTAZER A LACIVA DELES, DEVEM SER EXPULSOS DA POLICIA, POR QUE O CRIME QUE ELES COMETERAM FOI MAIOR DO QUE A ESCRIVÃ COMETEU E SE COMETEU, ESTES, O QUE ESTES CARAS COMETERAM PARA MIM FOI UMA VIOLENCIA SEXUAL, ISSO FOI RIDICULO MOSTROU O DESPREPARO DESSES CARAS, NÃO MERECEM CONTINUAR NA POLICIA.

Anônimo disse...

secretario a sua posição agradou a sociedade, pois a Presidente Dilma deveria interferir neste caso, porque estes homens com estintivos de policiais violentou a intimidade desta mulher e tambem a constituição federal, eles devem serem expulsos da policia.

Anônimo disse...

anonimo disse...
Infelizmente ate agora, ninguem percebeu que isto foi um estupro.
a lei fala que nao e necessario que haja conjunçao carnal para se considerar estupro.
eu estou morto por dentro só de ter a certeza que nada vai acontecer com aqueles estupradores.

Anônimo disse...

Vergonhoso, tirar a roupa da mulher so por vaidade...So o Brasil mesmo...

SGT Júlio César disse...

Essa escrivã tem que efetuar denúncia de estupro contra os corregedores. O que eles fizeram realmente foi estupro e como tal devem responder. Alguém tem que orientá-la.