21 de janeiro de 2012

Ipsemg e IPSM Servidores do Estado estão sem cirurgia cardiovascular

 TEMOS UM RESPEITO ENORME PELO IPSM E ESPERAMOS UM PRONUNCIAMENTO, VISTO QUE O DESCONTO NO NOSSO SALÁRIO NÃO FALTA:
 
Médicos do Instituto de Previdência Social (Ipsemg) e do Instituto de Previdência dos Servidores Militares de Minas Gerais (IPSM) suspenderam, desde o início do ano, as cirurgias eletivas (aquelas que são agendadas) em pacientes com problemas cardiovasculares em todo o Estado.
Eles querem equiparação do valor pago pelas intervenções nos planos de saúde e mantêm apenas cirurgias de urgência e emergência. A assessoria de imprensa do Ipsemg nega qualquer prejuízo aos segurados. A assessoria do IPSM não quis comentar o caso.
Tanto os médicos quanto as assessorias dos institutos não souberam informar quantas pessoas foram afetadas nem quantos procedimentos foram realizados no ano passado, mas só o Ipsemg tem 840 mil conveniados no Estado.
Segundo o diretor da Cooperativa de Cirurgiões Cardiovasculares de Minas (COOPCCV-MG), Giancarlo Mota, hoje, o Ipsemg remunera a equipe médica em R$ 1.500 por cada operação de ponte de safena, por exemplo, que representa 60% dos procedimentos. O valor é dividido entre seis profissionais e corresponde a um terço do que é pago por planos de saúde - uma média de R$ 4.500.
Os médicos querem R$ 4.000 por operação e um reajuste na tabela geral de procedimentos. "Pedimos esse valor porque levamos em conta o fato de o Ipsemg e o IPSM não terem fins lucrativos", afirmou Mota. Segundo o diretor da cooperativa, os valores pagos à cirurgia cardíaca estão defasados há anos.
Os médicos e o Ipsemg se reuniram no início da semana para discutir o assunto, mas não houve acordo. Segundo Mota, o hospital fez ontem uma contraproposta, mas os valores não foram divulgados. "Esse valor é mais próximo, podemos ter um acordo", disse. Com o IPSM, as negociações ainda nem começaram.
Outro lado. A assessoria do Ipsemg informou que neste ano nenhum procedimento foi cancelado por causa da paralisação dos médicos.
A direção do IPSM foi procurada insistentemente pela reportagem, mas informou, por meio da secretária, que o diretor geral está de férias e o diretor de saúde não poderia falar.
Pacientes e familiares sofrem com longa espera
Em meio ao impasse, os pacientes do Ipsemg e do IPSM e seus familiares sofrem com a angústia de esperar pela cirurgia. É o caso de um professor de 71 anos internado no Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte, desde o último dia 3.
A mulher dele, que pediu para não ter o nome revelado, teme que a operação para regularizar o funcionamento de uma válvula no coração do marido, prevista para a semana que vem, seja adiada.
"A cirurgia particular custa R$ 27 mil, mas, como os médicos estão paralisados, talvez a gente tenha que pagar pelo procedimento. Os médicos disseram que vão fazer por R$ 15 mil para a gente, mas não tenho condições de pagar esse valor também, e o estado de saúde dele é delicado", disse a mulher do professor. (RR)
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