20 de janeiro de 2012

PM quer posicionamento do governo no caso do militar morto por policiais civis

Sargento do Gate foi morto a tiros na porta de um clube em Esmeraldas. Entidades militares querem que o fato seja acompanhado pelo procurador geral da Justiça por não acreditar que o caso foi em legítima defesa.
As entidades de Classe dos Militares Estaduais vão se encontrar com o procurador-geral da Justiça, na próxima quarta-feira, para pedir que um promotor acompanhe as investigações sobre a morte do sargento do Grupamento de Ações Táticas (Gate), assassinado a tiros por policiais civis em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nessa quinta-feira, as entidades se reuniram no Clube de Cabos e Soldados, junto com deputados e vereadores, e fizeram uma carta aberta para cobrar um posicionamento do governo em relação ao caso. 
“Nós acreditamos que esse fato foi uma execução. Não há como falar que é legitima defesa se eram quatro caras contra um. O policial militar tomou sete tiros, sendo três na cabeça, e sequer foi socorrido. Queremos que o governo tome uma atitude”, afirma o vereador Cabo Júlio (PMDB), que esteve no encontro. 
Segundo o boletim de ocorrência, o sargento do Gate, Rafael Augusto dos Reis Rezende, de 23 anos, foi assassinado a tiros na madrugada do último domingo, durante uma festa em um clube de Esmeraldas. Quatro policiais civis abordaram o militar, após receberem uma denúncia de que ele estaria portando uma arma. 
Ainda segundo o boletim de ocorrência, a abordagem resultou em uma troca de tiros. Na confusão, além da morte do militar, duas pessoas também ficaram feridas: o policial civil Davi Tiago dos Santos, 30 anos, e outro cidadão, não identificado, que estava próximo ao local. 
Segundo o vereador Cabo Júlio, os militares querem uma reunião com a Procuradoria-Geral da Justiça para que a relação entre as duas polícias não fique comprometida. “Esse caso é tao grave e coloca em risco a integridade das polícias. Nossa reunião é porque queremos uma verdade absoluta do fato. A boa relação que a Polícia Militar tem com a Policia Civil não pode acabar”, diz o vereador. 
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito do caso foi recebido nesta semana no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e o delegado Hugo Silva ficará responsável por ele. Segundo a polícia, já foram feitas algumas diligências externas em Esmeraldas. O delegado aguarda a conclusão de laudos periciais e deve agendar os depoimentos na semana que vem. 
O caso está sendo acompanhado por um promotor do Ministério Público e pela Corregedoria da Polícia Civil, informou a corporação.
FONTE: UAI
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

4 comentários:

Sgt PMBA dos Anjos disse...

Será necessário uma resposta legalmente imediata, e também é interessante difundir os nomes desses "profissionais" para as demais Unidades da Federação, a final de contas, os policiais militares deverão se defender, quando circundando no seu sagrado direito constitucional, o de ir e vir.

CBPM disse...

Gostaria de prestar minha solidariedade ao amigo sgt Hercules e dizer que já fiz minha doação,porem não poderia perder a oportunidade de dizer que se os senhor cb julio juntamente com o dep sgt rodrigues e entidades de classe não tivessem aceitado essa vergonha de parcelamento de salario,nosso companheiro ja teria dado a volta por cima........

Anônimo disse...

Sou policial civil e quero sugerir a todos os colegas de profissão (militares e civis) que leiam o BO/REDS referente a morte do Sg. Rafael que foi feito pela própria PM: CIAD/P -2012-1017444.
No histórico lê-se a declaração dos policiais civis envolvidos e de várias testemunhas que afirmam que o Sg. Rafael estava com arma exposta, sem farda, aparentemente embriagado e de ter atirado contra os detetive quando os mesmos, anunciando serem policiais, tentaram abordá-lo.
Ao que tudo indica, os policias civis agiram em legítima defesa
Lamento a infeliz morte do colega de trabalho e desejo que Deus fortaleça seus familiares neste momento de tanta dor.
Conclamo também a todos nós a defendermos a união de nossos trabalhos e nossas forças de forma plena com a criação de uma polícia única e desmilitarizada. Nós ganharemos e mais ainda a sociedade.
Lamentável qualquer incitação a rivalidade ente as duas policias, ainda mais quando feita de forma leviana porque não está interessada na verdade, mas em ganhar a simpatia (e depois os votos), explorando o ódio e a mentira.
Como policial meus inimigos são os criminosos, o governo, os políticos e sindicalistas que querem me explorar.
Meu inimigo não é o colega policial que arrisca a própria vida pela minha e de minha família.
Leiam o BO/REDS e tirem suas conclusões.
Deus abençoe a todos!

Anônimo disse...

Estou de acordo com o anônimo das 17;56 de 21Jan2012. Um fato dessa monta aparece muitos que só querem colocar lenha da fogueira e outros aproveitadores que só querem se dar bem, não importando as consequências que virão.