O Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais (Ipsemg) quer que os funcionários públicos do Estado passem a pagar pelas consultas, exames e procedimentos médicos a partir do ano que vem. A coparticipação nas despesas está em estudo pela instituição e será discutida em agosto com representantes de todas as categorias do funcionalismo. Caso a medida seja aprovada, os cerca de 450 mil contribuintes serão afetados pela alteração no modelo de assistência. Atualmente, são descontados 3,2% da remuneração mensal do servidor pelo plano de saúde.
De acordo com a presidente do Ipsemg, Jomara Alves da Silva, a coparticipação servirá como um "instrumento regulador" do serviço prestado pela instituição em todo o Estado. A adoção da cobrança, se acontecer, seguirá os mesmos moldes do que já acontece com a maioria dos planos de saúde privados. "Vai nos ajudar a implantar uma lógica de uso. Todos os planos usam a coparticipação. É uma forma também de educar os beneficiários para a utilização correta dos serviços", afirmou Jomara.
O plano de saúde oferecido pelo Ipsemg passou por uma ampla alteração no modelo de assistência desde janeiro deste ano. Dentre as principais mudanças, houve a inclusão de filhos com idades entre 21 e 35 como dependentes - com cobrança de contribuição individual mensal de R$ 30 - e o desconto adicional de mais 3,2%, caso o servidor queira colocar o cônjuge como dependente. O instituto também passou a estabelecer o valor mínimo de R$ 30 para a contribuição em todos os contracheques.
"Tínhamos casos em que pessoas pagavam R$ 5, por exemplo, e tinham o mesmo direito daquele que contribuía com muito mais", afirmou a presidente do Ipsemg. Ainda segundo Jomara, no ano passado, cerca de 160 mil servidores contribuíam entre R$ 1 e R$ 30 à instituição.
Em 2011, segundo números do Ipsemg, dos 861.153 beneficiários da assistência à saúde (somando os servidores e seus dependentes), 528.568 usaram, de fato, o sistema. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Cristiano da Mata Machado, a adoção da cobrança pelas consultas e outros procedimentos médicos é, do ponto gerencial, uma medida correta por parte do Ipsemg.
"O problema, na verdade, é que a contribuição é baixa porque os salários são baixos. A ideia que a gente defende é que o Estado aumente sua contrapartida. Do jeito que está não é viável", afirmou Machado. O sindicalista afirmou ainda que as discussões têm que levar em consideração as possibilidades de contribuição dos servidores. "Professor, técnico de enfermagem, auxiliar de serviços gerais. Essas pessoas teriam condições de arcar?", indagou.
O governo de Minas, por meio da assessoria de imprensa, informou que somente em agosto irá discutir a proposta e qual será sua participação nas mudanças propostas pelo órgão previdenciário.
Para o presidente da Associação dos Contribuintes do Ipsemg, Moisés Melo, a proposta de cobrança estudada pelo órgão é a uma "gambiarra" de última hora. "A coparticipação deveria ter sido discutida junto com as mudanças feitas no início do ano. E não de última hora, sem detalhamento", afirmou.
FONTE: O TEMPO
4 comentários:
Cb Julio acabei de ler a materia no seu blog. Qta besteira esse "povo" (pres ipsemg, smmg, etc) falou ... vamos mobilizar a tropa e acabar com essa farra ... afinal o ipsm ja tera um gde aumento de contribuiçao em razao de nosso aumento salarial de mais de 100% ... afinal leva pra saude, um percentual fixo do salario, e nao um valor fixo conforme os demais planos particulares. Qto ao valor do pagamento ser diferenciado, entendo ser uma forma de aliviar os gastos para quem tem salario menor. Ë uma das poucas formas de se fazer justiça social dentro da PM/BM. Tenho prestado serviço em clinicas (sp e rj) e somente os planos de saude com mensalidade baixissima eh q cobram co-participaçao, se quiser passo detalhes.... Isso de cobrar mais do funcionalismo eh MANOBRA POBRE das instituiçoes.
noeme silveira - jf/mg
A EXEMPLO DOS CORREIOS E DA CEMIG, QUEM DEVERIA ARCAR COM OS CUSTOS DO PLANO DE SAÚDE SERIA O ESTADO.AFINAL, O ESTADO, COMO PODER PÚBLICO, NÃO VISA LUCROS.
Olá Cabo Júlio, gostaria de saber se como mãe de um soldado e sendo assalariada, tenho direito de ser dependente dele no plano de saúde. Desde já agradeço.
Gostaria de saber se mãe de soldado sendo assalariada tem direito ao benefício do plano de saúde. Desde já agradeço.
Postar um comentário