12 de maio de 2012

Cansada de esperar, população assume reforma de delegacia

Não bastaram as queixas e as denúncias sobre a precariedade da segurança pública em Mirabela, no Norte de Minas, para que o poder público se prontificasse a solucionar o problema. Depois de 24 anos funcionando em uma casa em condições precárias e de se mudar provisoriamente para uma lanchonete desocupada, a delegacia de Mirabela terá, finalmente, uma sede de verdade. Mas o dinheiro e a mão-de-obra não vieram dos cofres públicos e, sim, da população, que resolveu assumir a responsabilidade para melhorar a estrutura da delegacia. 
A nova sede começou a ser construída em fevereiro e está prevista para ser inaugurada no início de junho. Em cinco meses de obra, cada um contribuiu com o que pôde, trabalho ou material para a construção, que foi orçada em R$ 120 mil. "Nossa cidade havia caído em uma situação de abandono. Os crimes aumentaram de forma geral, os bandidos assaltavam comércios e aposentados. Como o governo não tomou uma providência, nós tivemos que tomar", disse o empresário Genovais Soares. 
Segundo o empresário, o prefeito Laerdino de Menezes sabia da obra desde o início do projeto, mas não colaborou. "Fizemos mais de 30 reuniões, e ele não compareceu a nenhuma". Procurado, o prefeito não se pronunciou sobre o assunto. Sua equipe informou que ele estava em audiência e não poderia ser interrompido. Os moradores disseram que não querem a presença de políticos na inauguração da sede.
Insistência. E essa não foi a primeira ação da população para tentar resolver o problema. O delegado titular da cidade, Célio Nogueira, já havia pedido apoio aos empresários para providenciar um espaço digno para a polícia. "A burocracia impediu que o governo fizesse alguma coisa", disse.
No ano passado, Waldomiro Fonseca, também comerciante da cidade, participou de uma reunião na delegacia regional de Montes Claros para cobrar melhorias. Ele voltou sem perspectiva de conseguir recursos e ainda foi assaltado quando chegou à sua loja. 
Questionada sobre a falta de providências, a Polícia Civil admitiu que a delegacia regional sabia da iniciativa e deu apoio, já que a licitação para a construção de um imóvel com verba pública ainda estava longe de virar realidade. Nenhum responsável pela Superintendência de Planejamento e Obras da corporação foi encontrado para falar sobre o caso. A Secretaria de Estado e Defesa Social também não se pronunciou.
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2 comentários:

nilton disse...

Tenho a esperança, que os cidadãos brasileiros, tomarão as redeas desse nosso paíz, tirando assim os politicos com suas safadesas do caminho do progresso brasileiro.

Anônimo disse...

VERGONHA PARA O CHEFE DA PC E ANASTASIA