Ladrões não respeitaram o ponto de apoio
da Polícia, que promete reforçar patrulhamento
para evitar mais assaltos
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Frentistas e clientes de posto são mantidos reféns em local de registro de ocorrências, durante novo ataque de ladrões a caixas eletrônicos em BH. Já são 143 em Minas este ano
Ataques de criminosos a caixas eletrônicos seguem em ritmo acelerado em Minas. Já são 143 este ano, média de quase um por dia, com o agravante de que estão se tornando frequentes em Belo Horizonte e cada vez mais ousados. Foram quatro assaltos este ano na capital. Em 2011, houve apenas um nesse período. O mais recente ocorreu na madrugada de ontem e não poupou nem mesmo uma sala usada pela Polícia Militar para registrar ocorrências, que serviu de cativeiro para funcionários e clientes de um posto de gasolina. Depois do assalto, a PM informou que vai reforçar o patrulhamento em locais mais vulneráveis.
Por volta das 4h, cinco assaltantes encapuzados e armados que chegaram de carro invadiram o posto de gasolina na esquina das avenidas Cristiano Machado e Sebastião de Brito, no Bairro Dona Clara, na Região Norte, e renderam as vítimas. Em seguida, usaram explosivos em dois caixas do Bradesco. No terceiro caixa, fora do quiosque, por pouco não causaram acidente. Como o equipamento fica próximo a uma bomba de gás natural, os funcionários convenceram os criminosos a não usar bananas de dinamite.
Um taxista que passou pelo local desconfiou da movimentação e alertou uma viatura do 13º Batalhão da PM, mas quando os militares chegaram os criminosos já haviam fugido. “São dois caixas e um deles foi explodido e eles levaram o cofre. Como há bomba de gás natural perto do terceiro, eles só tentaram arrombar, não explodiram. Se fizessem isso, certamente o quarteirão todo iria pelos ares”, contou o gerente do posto Wicsson David, que não estava na hora do crime.
A ação dos assaltantes foi bem planejada, segundo uma das vítimas, o músico Renato Januário Santos, de 27 anos. Ele é amigo de um dos frentistas e estava no local tomando café quando os ladrões chegaram. “Alguns clientes foram mantidos dentro dos próprios carros, mas vigiados para não chamar a polícia. Os bandidos estavam muito tranquilos, queriam mesmo era levar o dinheiro, não machucaram nem ameaçaram ninguém”, disse Renato.
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