Os municípios de Governador Valadares, no leste mineiro, e Uberaba, no Triângulo, passaram a contar esta semana com o serviço de Moto-Resgate do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). O atendimento sobre duas rodas faz com que os militares cheguem mais rápido ao local do chamado, agiliza o socorro à vítima e pode fazer toda a diferença quando o assunto é salvar vidas.
O serviço já está implantado em Belo Horizonte, Montes Claros, no Norte de Minas e Ipatinga, no Vale do Aço. O atendimento é feito sempre feito por duplas, em motos pilotadas por bombeiros treinados especialmente para este tipo de ocorrência. "Com o aumento do número de acionamentos pelo 193 e as dificuldades nas condições do trânsito, o uso da motocicleta é um grande diferencial. A chegada de um bombeiro em poucos minutos garante tranquilidade à vítima ”, explica o comandante do 6º Batalhão de Bombeiros Militar, Major Silvane Givisiez. Segundo ele quanto mais rápido for o atendimento melhor será o resultado, e as motos conseguem chegar mais rápido em um trânsito cada mais complicado.
Apesar de implantado há menos de uma semana em Governador Valadares, a novidade já mostra resultados. “ A cidade possui um grande número de motocicletas e os acidentes com esses veículos têm sido o nosso maior volume de acionamentos. Essa primeira resposta é importante para facilitar o fluxo de atendimento das equipes convencionais que ficam de plantão”, diz o Major.
Em Uberaba, o atendimento com motos complementa o trabalho das outras equipes. De acordo com o comandante do 8º Batalhão, Major André Casarim, enquanto os socorristas prestam o atendimento pré-hospitalar no local, a Unidade de Resgate ou ambulância também segue para o endereço. Isso, segundo ele, faz com que a viatura já encontre as vítimas preparadas para serem levadas com mais rapidez e segurança ao hospital.
Capacitação
O Moto-Resgate está preparado para diversos tipos de ocorrência, mas as pré-hospitalares como acidentes com motos e veículos, atropelamentos, quedas, além de princípios de incêndio são as prioritárias. Segundo o Subtenente Luiz Carlos Pereira, lotado no 3º Batalhão de Bombeiros e coordenador do serviço no CBMMG, o Batalhão é responsável pela capacitação dos motociclistas de todas as Unidades que desejam implantar o serviço. Eles passam por um curso de 20h/a para lidar com emergências médicas, ocorrências com produtos tóxicos e pilotagem de veículos em situação de emergência.
Em todos os acionamentos, as motocicletas carregam um pequeno arsenal. Uma delas leva no baú material para atendimentos clínicos e a outra para atendimento a traumas como colar cervical de vários tamanhos, talas para imobilização, ampola com 25 litros de oxigênio, ambu (equipamento para respiração artificial) e desfibrilador. O piloto usa equipamentos de proteção individual como luvas, joelheira, cotoveleira, capacete e um colete tático que comporta internamente luvas, ataduras, óculos de proteção, rádio comunicador e outros ítens para pequenas suturas. “O colete permite que o profissional tenha à mão o material básico sem que precise ir e voltar várias vezes até a moto”, explica o Subtenente Pereira.
Preparadas para qualquer imprevisto, as motos-resgate ainda carregam kits especiais para atendimento a vítimas de queimaduras e até para a realização de partos. Para o Subtenente Pereira, a tendência é que outras cidades apostem nessa alternativa que será coordenada por uma Companhia de Moto Resgate que deverá ser implantada no 3º Batalhão, em Belo Horizonte. “Dessa forma poderemos gerenciar melhor a expansão do serviço. Nossa preocupação é prestar o melhor atendimento. Temos orgulho em salvar vidas”. Além de Minas Gerais, apenas os Estados de São Paulo, Pernambuco e o Distrito Federal possuem o serviço de Moto-Resgate.
Fonte: BOMBEIROS MG
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