30 de julho de 2013

Assassinato de cabo em Uberlândia foi premeditado e ex-mulher contou com ajuda de amigo

A ex-mulher do cabo da Polícia Militar de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que foi estrangulado e queimado, premeditou o crime e contou com ajuda de amigo para cometer o crime. A informação foi divulgada pelo delegado responsável pelas investigações, Elder Paulo Carneiro, durante uma coletiva à imprensa. Evani Felix Santana, de 45 anos, conhecido no município pelo apelido de “Baiano”, foi preso nesta terça-feira (30), em casa, no bairro Jardim Ipanema. 
A detenção de "Baiano", que é auxiliar de serviços gerais, ocorreu depois que a ex-mulher do policial, Kellen Cristina do Carmo Alves, de 34 anos, prestou novo depoimento na noite de segunda-feira (29) e mudou a versão dada no dia da prisão, no último domingo (28).
Desta vez, a mulher, que é ex-soldado, disse ao delegado, que não agiu sozinha e que ela e Evani planejaram matar Silas Bonifácio da Silva, de 45 anos, há um mês. Em contrapartida, "Baiano" se reservou no direito de falar sobre a acusação feita pela amiga de anos apenas em juízo. O militar morto era lotado na 158ª  Companhia do 17º Batalhão de Polícia Militar da cidade.
Conforme informações divulgadas por Elder Paulo Carneiro, Kellen Cristina ainda revelou que foi Evani o responsável por estrangular a vítima com um cabo de aço. Ela convidou o ex-marido para tomar um vinho e o dopou ao jogar remédio no copo. Em seguida, ainda segundo relatos da ex-soldado, ela e "Baiano" colocaram o corpo de Silas dentro do porta-malas do Peugeot 206 Passion dele e seguiram para uma estrada de terra. No local, eles atearam  fogo no carro e no corpo, usando um galão de gasolina e um isqueiro.
Evani Felix foi encaminhado ao presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, onde Kellen também está presa.
Os restos mortais de Silas foram encaminahdos ao Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte. 
O inquérito sobre o assassinato ainda não foi encerrado, já que a polícia aguarda que familiares da vítima possam ir à capital mineira para fazer o exame de DNA necessário para confirmar se os restos mortais encontrados no porta-malas do carro do cabo são realmente dele.
O crime
O crime ocorreu na noite do último sábado (27), mas só foi descoberto no domingo (28), quando o Peugeot 206 Passion do cabo, que era policial há 18 anos, foi encontrado por companheiros de trabalho de Silas. Os militares confirmaram a suspeita de que o policial havia sido assassinado consultando a placa do veículo. Em seguida, eles foram até a casa do cabo, onde não o encontraram e atestaram que o corpo localizado carbonizado, possivelmente, seria dele.
Eles se dirigiram até a residência da ex-mulher para avisar sobre a morte do oficial. No entanto, assim que foram recebidos pela ex-soldado, os militares perceberam que ela estava com os braços e o rosto queimados.Ao ser questionada sobre a origem dos ferimentos, Kellen, que tem dois filhos, de 3 e 10 anos, com o cabo, alegou que havia queimado ao mexer na churrasqueira da sua casa, no bairro Tibery. No entanto, após longa conversa com os colegas do ex-marido, a mulher acabou confessando o crime.
No primeiro depoimento, Kellen afirmou que agiu em legítima defesa e ainda contou ao delegado Elder Paulo Carneiro que o crime ocorreu depois que Silas foi até a sua residência no sábado a noite para entregar um dos filhos do casal. Segundo a detida, após pegar a criança, ela convidou o ex-marido a permanecer no imóvel, onde ele tomou vinho na companhia da ex-mulher e foi embora horas depois.
No entanto, ainda conforme relatos de Kellen, o cabo retornou à casa onde morava com a família antes da separação e convidou a ex para dar uma volta de carro. A ex-soldado aceitou o convite e o casal seguiu em direção à uma área afastada da cidade, perto do bairro Jardim Ipanema. Nesse local, conforme alegação de Kellen, o cabo teria tentado fazer sexo à força com ela. Kellen contou que achou um fio no chão, o enforcou e jogou o corpo dentro do porta-malas, onde havia um isqueiro e uma garrafa de álcool. A ex-soldado, então, resolveu queimar o veículo e o cadáver antes de fugir.
A separação
Kellen e Silas deram fim ao casamento há poucos meses e, segundo informações levantadas pela polícia com familiares do casal, os dois tinha um relacionamento conturbado. Sempre brigavam muito em relação à divisão de bens de uma empresa que Kellen abriu há um ano, quando deixou a carreira militar para se dedicar aos negócios.

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