Por Eduardo Costa - Jornal Hoje em Dia
A era dos covardes II
Há um mês, escrevi que estamos na era dos covardes. Referia-me a um ato do Congresso determinando que as emendas dos parlamentares terão de ser cumpridas, obrigatoriamente. Falava, também, das manifestações que, justas ou não, fecham avenidas fundamentais na fluidez do tráfego ou rodovias sem qualquer cerimônia. A coisa só piora. Agora, comissões de Direitos Humanos da Assembleia e da Ordem dos Advogados anunciam esforços para retirar do xadrez os poucos detidos durante as manifestações de sábado.
Tudo o que está acontecendo é impressionante. Primeiro, como algumas dezenas de mascarados conseguiram espantar milhares e milhares de brasileiros que acabaram não indo para as ruas no dia da Independência (ou alguém duvida que foi o medo daqueles malucos que os deixou sozinhos na praça?).
Eles cuspiram, hostilizaram, humilharam e até chamaram os policiais para a briga. Um ainda mostrou o bumbum para os policiais, ou seja, baixou as calças. Outro disse, em depoimento e diante do advogado, que planejavam quebrar o máximo possível na Praça da Liberdade, onde está se construindo um dos maiores circuitos culturais do mundo.
Seis estavam sendo monitorados e a polícia dispõe de provas de que estão se organizando para a anarquia violenta. Então, a polícia separa os mais ferozes, o Ministério Público pede a preventiva e os ditos defensores dos Direitos Humanos querem todos na rua, porque a prisão seria ilegal.
Ora, se isso acontecer, será a assinatura do atestado de óbito da autoridade em Minas. Sei que o governador deu ordens para não reprimir, que o prefeito quer passar longe do assunto, os coronéis precisam manter o cargo e os soldados se sentem desprotegidos, mas aonde vamos parar?
O que será de nós quando a Copa vier e as pessoas bem-intencionadas voltarem para as ruas, criando clima ainda mais propício para esses mascarados baderneiros que encaram um oficial superior como se estivessem falando com amigo no boteco? É como diz a colega jornalista Glória Metzker: “A sociedade é que precisa se mobilizar por uma educação mais efetiva, uma conscientização das famílias sobre a educação dos filhos, com bons exemplos; um pai como aquele que vai para a porta da delegacia dizer que um filho que agrediu policiais é inocente perdeu a noção do seu papel de pai”.
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