1 de setembro de 2015

ES: POLÍCIA PRENDE MAIS SUSPEITOS DE ENVOLVIMENTO EM MORTE DE PM

Soldado Ítalo Bruno foi morto no bairro Jardim Carapina, na Serra (Foto: Reprodução/Facebook)
Sete pessoas foram detidas nesta segunda-feira (31).

Uma adolescente também foi encaminhada à DHPP para depor.

Sete suspeitos de terem participado da morte do policial militar Ítalo Rocha foram detidos nesta segunda-feira (31). O soldado foi morto a tiros e pedradas no bairro Central Carapina, na Serra, na noite deste domingo (30). Os detidos foram levados para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), assim como uma adolescente, que está sendo ouvida nesta noite. A polícia ainda não informou qual seria o envolvimento dessa menor no crime.

O soldado foi executado a tiros e pedradas na noite deste domingo (30). Outro policial militar, que estava com Ítalo, foi baleado no braço e foi internado no Hospital Jayme dos Santos Neves, mas já recebeu alta.

Três pessoas foram detidas ainda nas primeiras horas da madrugada e as outras ao longo do dia. Todas são do bairro Central Carapina, onde o crime ocorreu. Segundo a polícia, na casa de um deles foi encontrado um par de tênis sujo de sangue e um talão de cheques em nome do soldado Ítalo. O celular da vítima também foi recuperado com um dos suspeitos.

O delegado Rodrigo Sandi Mori, responsável pelo caso, passou o dia indo a vários bairros da Grande Vitória e fazendo diligências, já que o crime tem várias linhas de investigação. A polícia ainda não sabe, ao certo, o motivo de terem matado o soldado.

O outro policial militar que estava com Ítalo, e que foi baleado no braço, recebeu alta na tarde desta segunda e foi até a DHPP para prestar depoimento no início desta noite.

O secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, disse que a morte de um policial, antes de ser uma tragédia para a família e para a corporação, é um atentado contra a sociedade. Ele prometeu identificar, prender e entregar para a Justiça todos os responsáveis pelo crime.

Vídeo do crime

Os dois não estavam no local à trabalho, segundo a polícia, que acredita que os militares tenham sido reconhecidos por criminosos do bairro. Os colegas estavam à paisana. O caso está sob investigação.

Câmeras de videomonitoramento instaladas no bairro Jardim Carapina flagraram o momento em que criminosos matam o soldado. É possível ver um grande grupo de pessoas cercando o militar, já caído no chão. Eles o atacaram usando bicicletas, pedradas e depois tiros. As imagens são fortes.

Uma das hipóteses da motivação dos policiais a irem ao bairro é de que eles tenham marcado um encontro com duas jovens e, depois, tenham caído em uma emboscada.

Um baile funk era realizado próximo ao local do crime, mas não há confirmação de que os dois tenham ido ao local para esta festa.

Uma moradora do bairro, que preferiu não se identificar, disse que viu pela janela quando vários homens correram atrás de Ítalo.

"Não vi a cara de ninguém, mas vi que jogaram pedras e outras coisas nele. Era um grupo grande, uns oito ou dez homens. Saí da janela porque tenho problema de pressão e fiquei muito assustada. Depois, ouvi tiros. Foi uma cena muito violenta, uma verdadeira selvageria", relatou.

Pai do policial

O jovem trabalhava no Grupo de Apoio Operacional (GAO) do 6º Batalhão. O pai do soldado assassinado, Jovelino Pereira, mora no Rio de Janeiro, e veio às pressas aoEspírito Santo quando soube da morte do filho. Jovelino compareceu à DHPP na manhã desta segunda-feira (31), para prestar depoimento.

"A história está muito mal contada. Eu fiquei sabendo que o bairro é perigoso, mas que eu soubesse ele não tinha o hábito de frequentar baile funk. Queremos que investiguem, quero saber o motivo da morte do meu filho", afirmou.

Jovelino contou que o filho morava no bairro Laranjeiras, com o irmão mais novo, e era um jovem calmo e muito brincalhão. O pai disse que chegou a pedir várias vezes para que o filho saísse da polícia, porque tinha medo.

"Ele sempre teve o sonho de trabalhar na polícia, mas eu moro no Rio de Janeiro, sempre vejo notícias ruins. Pedi para ele sair, tentei dar uma ideia para que ele saísse mesmo da polícia, mas a vontade dele era essa".

FONTE: G1
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