19 de novembro de 2015

CB PM ABSOLVIDO POR UNAMIDADE

CABO JULGAMENTOApós quase 15 horas de julgamento, o júri apontou que PM não foi o responsável por homicídio e quatro tentativas

IPATINGA – Acabou nos primeiros minutos dessa quinta-feira (19/11), o julgamento do cabo PM Wagner Anacleto Silva, conhecido entre os colegas como “Foguinho”. Após um acalorado debate entre defesa e acusação, o Conselho de Sentença por unanimidade apontou que o réu não foi o autor de um homicídio e de quatro tentativas ocorridas no bairro Esperança.

O crime aconteceu na madrugada do dia 11 de março de 2015, quando Tayrony Vildes Gomes Fernandes, de 18 anos, foi morto a tiros na rua Begônia, no bairro Esperança. Além dele foi baleado John Lennon da Silva, de 24 anos, atingido com um tiro na perna.

O cabo Wagner sempre negava a autoria do crime, porém acabou autuado em flagrante pelo delegado de plantão e depois, na conclusão das investigações, ele foi apontado ainda pela tentativa de homicídio contra duas jovens e um terceiro adolescente, que estavam com as vítimas baleadas. A Polícia Civil apresentou provas que o PM esteve no local do crime, levando uma amiga que reside nas proximidades, cerca de uma hora antes do crime.

A sessão do Júri começou por volta das 9h e foi presidida pelo juiz Luiz Flávio Ferreira. Os advogados criminalistas Jayme Queiroz Resende, Rita de Cássia e Edywilson Rodrigues aturam na defesa do réu. O Ministério Público designou o promotor de Justiça, Hélio Pedro Soares, da comarca de Teófilo Otoni.

Durante todo o dia, o Salão do Tribunal do Júri Vito Gaggiato ficou lotado, com estudantes de Direito, familiares da vítima e do réu, bem como amigos, muitos deles policiais militares que acreditaram na possibilidade do colega ser absolvido. O Portal DIÁRIO DO AÇO acompanhou todo o desenrolar do julgamento até o fim.

Trabalho - A acusação bateu na tecla que o policial militar foi o autor dos crimes, por problemas relacionados ao bom trabalho do cabo, que é considerado um PM exemplar e conhecido por ser altamente operacional. “Apesar dos elogios, o cabo Wagner errou”, frisava o promotor. 

Por outro lado, a defesa apontava falhas no processo, que era baseado em testemunhas das vítimas. Os advogados apontavam que seriam pessoas envolvidas com crimes. “Muitas delas presas pelo trabalho do cabo, que mesmo de folga, não deixava de agir”, argumentaram os defensores.

Durante o trabalho dos debates, uma garota, apontada como vítima no processo, teve que ser retirada do Salão do Júri. Ela passou a se manifestar e atrapalhar o trabalho dos advogados de defesa, levando o juiz Luiz Flávio a pedir que a jovem fosse levada para fora do tribunal.

A leitura da sentença do juiz Luiz Flávio foi acompanhada com ansiedade pelo público. Assim que o magistrado leu que, por unanimidade (quatro votos), os jurados acataram a tese de negativa de autoria, a maioria dos presentes comemorou a absolvição do réu. O cabo Wagner, agora livre, estava recolhido na sede do 14º Batalhão de Ipatinga desde a sua autuação em flagrante. 

Recurso - Em conversa com o Portal DIÁRIO DO AÇO, o promotor Hélio Pedro comentou que fez tudo o que estava nos autos para a condenação do cabo. Ele não quis comentar se o Ministério Público, que tem cinco dias, vai recorrer da decisão do Júri. “Vou deixar a cargo do promotor da comarca daqui para decidir”, acrescentou o promotor.

Por outro lado, Jayme Rezende, que fez mais de 600 tribunais do júri, ressaltava que este era um dos mais difíceis na carreira. “Com certeza, e foi cansativo para todos nós, da defesa”, ressaltou o defensor, que apontou ter usado as provas que existiam nos autos para derrubar a acusação, que se baseava nos testemunhos das vítimas, e assim, inocentar o réu.



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3 comentários:

JBSCS disse...

Parabéns ao companheiro absolvido, que Deus abençoe com sucesso na sua vida.

Anônimo disse...

Parabens ao irmao, com Deus somos mais fortes, eles, as que se chamam vitimas, procuramo ajnjo decaido para se protejerem,mais com nosso DEUS somos mais fortes,

Anônimo disse...

Agora, processar o Delegado e ganhar uma grande do irresponsável...