29 de novembro de 2010

Operações da polícia dão prejuízo de R$ 290 milhões ao tráfico de drogas

Foram apreendidos 51 toneladas de maconha, 375 quilos de cocaína e 62 fuzis
Marcelo Bastos e Mario Hugo Monken, do R7 | 29/11/2010 às 13h05
Monique Cardone / R7Os ataques promovidos por traficantes da maior facção criminosa do Rio de Janeiro, que resultaram em operações em várias favelas controladas pelo grupo e terminaram com a ocupação da Vila Cruzeiro e do complexo do Alemão causaram um prejuízo de aproximadamente R$ 290 milhões ao tráfico de drogas.
Desde terça-feira, quando começaram as operações, até a manhã desta segunda-feira (29), haviam sido apreendidos 62 fuzis, 16 metralhadoras ponto 30, além de 51 toneladas de maconha, 375 quilos de cocaína e dez quilos de crack, em um prejuízo de R$ 289.250.000.
De acordo com policiais civis ouvidos pelo R7, os fuzis custam em média R$ 40 mil, o que dá um prejuízo de R$ 2.280.000, enquanto uma metralhadora calibre ponto 30 não sai por menos de R$ 60 mil, perda de R$ 960.000. O valor, no entanto, pode ser ainda maior, já que não foram contabilizadas as pistolas, granadas e drogas já embaladas.
Com relação às drogas, os traficantes compram o quilo da maconha por R$ 300, em média, mas conseguem faturar R$ 5 mil sobre cada quilo. Já a cocaína pura é comprada por R$ 12 mil, o quilo, que rende um lucro de R$ 32 mil. Com relação ao crack, os traficantes faturam R$ 30 mil por quilo da droga, pela qual pagam R$ 11 mil.
Com a perda estratégica do complexo do Alemão, a polícia acredita que o novo ‘quartel-general’ da facção seja o morro do Fallet, em Santa Teresa, que é dominada pelo grupo que mais fatura com a venda de drogas atualmente, ou a favela Parque União, no complexo da Maré.
Para os agentes, os traficantes que fugiram do Alemão migraram para várias favelas da mesma facção, como Jacarezinho, Manguinhos e Parque União, na zona norte, Fallet, na zona central, e Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Os policiais acreditam, no entanto, que a maior preocupação dos traficantes seja com a grande quantidade de dinheiro que ficou enterrado nas favelas do complexo.
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