23 de dezembro de 2010

Megaoperação conjunta em Manhuaçu leva a prisão de uma advogada e apreensão de 20 kg de drogas


Durante toda a manhã desta quarta-feira, a movimentação das Polícias Militar e Civil na Avenida Melo Viana atraiu a atenção de todos que passavam pelo local. Depois de meses de investigação por parte do Serviço de Inteligência da PM e Delegacia de Tóxicos, foi levantado que a advogada Eliane dos Santos Souza, 46 anos, que cumpria prisão domiciliar por condenação de tráfico de drogas, é acusada de continuar com o laboratório de refino de cocaína em seu apartamento. Pela manhã, as equipes da Polícia Civil chefiada pela delegada Flávia Granado, e da Polícia Militar, pelo Tenente Gustavo, chegaram ao local, para cumprir o mandado de busca e apreensão, utilizando inclusive cães farejadores do canil. Todo o trabalho integrado das Polícias Civil e Militar foi acompanhado de perto pelos representantes da 54ª Subseção da OAB, José Paulo Hott (Presidente), Alex Barbosa Matos (Comissão de Ética) e Diogo da Silva (Comissão de Ética), além do Promotor de Justiça, Dr.Fábio Santana. Ao adentrarem, os policiais ficaram surpreendidos com a quantidade de drogas escondidas, bem como pasta base de cocaína, crack, dinheiro, cheques e farto material utilizado no preparo da droga.
Batizada de operação “Rainha do Pó II”, o nome da operação remonta à prisão da advogada que é acusada de comandar um forte esquema de distribuição de drogas na região, quando acabou presa pela primeira vez por agentes da Polícia Federal, em 2007. À época, a advogada tinha um laboratório de refino de cocaína no mesmo local. Foram apreendidos sete quilos de pasta de cocaína e materiais para “batizar” e “dólar” a droga.

ACUSADA DIZ QUE DESCONHECE MATERIAL
Em comboio, as viaturas chegaram à 6ª Delegacia de Polícia Civil, conduzindo a acusada Eliane dos Santos, o esposo dela, Heleomar de Souza, Lenildo Lima de Arruda e a filha da acusada, que não teve o nome divulgado. Quando indagada por um agente da polícia, sobre os produtos que são utilizados para misturar à pasta base, a acusada disse que desde sua prisão, em 2007, os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecente da Superintendência Regional (Belo Horizonte), acabaram esquecendo os produtos (ácido) no apartamento. “Nunca mexi com isso mais. Nem sei o que está aí dentro”, disse a acusada. Eliane dos Santos e os demais acusados demonstraram estar tranqüilos diante da situação. A ação integrada das Polícias Civil e Militar rendeu elogios, devido à quantidade de droga apreendida. 
Foram apreendidos aproximadamente sete quilos de pasta de coca e cerca de vinte quilos de diversos medicamentos e produtos químicos usados para "batizar" a droga, além de vários apetrechos para manusear, misturar e embalar a cocaína. Batizar a droga na gíria dos traficantes significa misturar a coca com outros produtos para aumentar o volume de venda. 
A advogada Eliane ficou conhecida como "rainha do pó” dada sua influência no meio do tráfico de drogas. A operação recebeu o nome de "Rainha do Pó II”.

FONTE: BLOG DA RENATA.
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