Promover é por em movimento, é dar
nova perspectivas de vida, é possibilitar a pessoa humana desenvolver suas
habilidades em um patamar diferenciado e motivador, é dar vida nova, é
recomeço, é por para cima.
E por tudo isso é que as promoções
deveriam ser olhadas com responsabilidade, seriedade e acima de tudo com
imparcialidade e ética pública.
Quando se promove produz uma idéia de
valorização, de reconhecimento, de maiores poderes e de maiores
responsabilidades.
Todo grupo ao ter um de seus
integrantes elevado a um nível superior tende a sentir-se valorizados e
reconhecidos e nunca ao contrário.
O reverso desse processo é um
indicativo forte para o fim de toda e qualquer organização séria. Todo
indivíduo integrante da Instituição que não sentir seriedade e responsabilidade
nos seus gerentes arquitetarão contra eles, todo o tempo, e nesse movimento
nascerá um clima de rebeldia que em poucos anos contagiara a todos até ser
fortalecido e criado um novo paradigma para a Instituição, mas esse caminho é
sofrido, desgastante, longo e perigoso para todos.
Muitos serão mortos moralmente e
socialmente pelos seus despreparados e intitulados “chefes/gerentes” da
organização, que usando do efêmero poder adquirido através de um sistema falho
de avaliação empalarão parte de seus subalternos. Usarão a maldita forma de
desvalorizá-lo constantemente através do boato e da informalidade, nunca
utilizarão a transparência e a formalidade, pois são tão medrosos,
irresponsáveis e imorais que nem ao mínimo de hombridade se prestam.
Aqueles subordinados que sobreviverem
a esse assédio moral, a essa guerra social, psicológica e injusta povoaram a
base da organização com idéias revolucionárias utilizando dos mesmos
instrumentos que foram condenados a morte pelos seus chefes.
A farsa reina: uns fingindo
obediência, outros pregando a desordem e um grupo significativo de
subservientes, servos do poder, que não se prestam a nada, bobos da corte, que
servem para fazer o rei sorrir.
Nessa hipocrisia formal o produto
final é o fim da organização, pois seu fim social nunca será alcançado.
Nesse clima de conflitos internos
provocados única e exclusivamente pelas chefias a organização desgastará e
sofrerá mudanças não planejadas e fora de controle podendo sair todos vítimas
do mesmo veneno, porém com consequências diversas, quem já morreu não morrerá
novamente, teremos apenas novos e indesejáveis cadáveres.
Devemos repensar nossos métodos de
avaliação, pois em pouco tempo os condenados a morte serão em número
significativo e quem não tem nada a perder tem muito a ganhar. Morto uma vez
sempre será morto não recupera nunca e carregará para sempre a mácula do pecado
nunca cometido.
Tanto a promoção como a pena de morte
nas organizações submetem-se aos mesmos princípios da não transparência, da
ofensa ao contraditório e ampla defesa, da violação dos direitos fundamentais e
o pior que algumas delas são responsáveis pela defesa desses direitos, quanta
hipocrisia.
Promoção nesse ambiente não é
valorizada e desacredita os promovidos, tanto os merecedores quanto os não
merecedores.
Portanto, mudanças são necessárias,
talvez não das normas, mas do modelo pessoal adotado pelos avaliadores. A ética
pessoal não pode sobrepor à ética legal. Toda e qualquer avaliação deve ser
imparcial e deve visar o melhor profissional para as organizações com o fim de
cumprir bem seu papel social.
O erro proposital nas escolhas conduz
ao descaso em relação às pessoas e a organização e em consequência a um
descrédito geral. Portanto, devemos tratar com seriedade, responsabilidade e
ética pública as promoções sob pena de estarmos conduzindo uma organização ao
fracasso.
Zoé Ferreira Santos, Ten Cel QOR e
advogado.
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