É verdade que após as eleições ocorridas em 2010, houve muitas mudanças nos estados, disputas acirradas e apertadas na eleição para governador, pré-acordos construídos com candidatos que se posicionaram assumindo compromisso com a segurança pública e principalmente com a valorização profissional e salarial dos policiais e bombeiros militares, e alianças de entidades de classe com candidatos, sem transparência dos termos e com implicações políticas prejudiciais, como vemos em Minas Gerais.
Na legislatura passada, tivemos uma luta desigual e injusta, em que três deputados federais, Cap Assumção, Maj Fabio, e Cel Paes de Lira respectivamente, policiais militares dos estados, do Espírito Santo, Paraíba e São Paulo, incamparam a luta pela aprovação da emenda constitucional 300, atualmente após passar por renumeração, foi lhe dado o número de Emenda constitucional 2.
A todos estes acontecimentos se soma a derrota nas eleições dos deputados que mais lutaram pela aprovação da PEC do piso salarial dos policiais e bombeiros militares, como um dos projetos para melhorar a segurança pública e resgatar a dignidade salarial da profissão, concedendo tratamento justo e digno aos profissionais que se dedicam diuturnamente a proteger a sociedade das investidas de criminosos, que a cada dia tornam-se mais cruéis e perigosos, afrontando e desafiando o estado e levando pânico e medo ao cidadão.
Na última semana, temos visto uma timída mobilização surgindo para uma nova caravana a Brasília para o lançamento da frente parlamentar de defesa da segurança pública no final do mês de maio, assim como também temos visto ser anunciado, que muitos deputados estão assinando e encaminhando requerimento para que o presidente da câmara federal, deputado Marco Maia, coloque a PEC do piso salarial para ser votada em segundo turno, já que desde o ano passado, depois de sua aprovação em 2º turno, inexplicavelmente não entra na pauta.
Há uma onda de movimentos acontecendo em todo Brasil, todos sendo focados na reivindicação de reajuste salarial, e assim como em Minas Gerais, na sua maioria tendo como referência o salário pago a Polícia e Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal, ou o valor ficticio acordado tacitamente entre representantes classistas e lideranças do governo sobre o piso a ser regulamentado pelo Governo Federal, tão logo fosse sancionada a emenda constitucional do piso salarial da categoria no Brasil.
Não haverá em nenhum momento da história do Brasil, outra oportunidade de nos mobilizarmos e partir para manifestações à sede do poder central, Brasília, caixa de ressonância da sociedade brasileira, que anseia por uma política concreta, efetiva e eficiente de segurança pública, e já compreendeu, admitiu, apoia e aprova a necessária, urgente e imediata valorização dos policiais e bombeiros militares, como medida indissociável do reconhecimento e importância da profissão e da periculosidade da atividade.
A retomada da luta pela tramitação e votação da PEC do piso salarial dos policiais e bombeiros militares é o recurso de que dispomos, vez que sua numeração deixou de ser o mais importante, mas a conquista dos números de votos para sua aprovação em 2º turno e no senado federal, ainda será um caminho que devemos percorrer, até em homengem aos deputados que lutaram em sua defesa, e que ainda persistem e acreditam em sua aprovação.
Sabemos que somente se aprende a ser cidadão praticando a cidadania, e alcançar a valorização da profissão dos policiais e bombeiros militares depende de cada policial e bombeiro militar no mais longiquo rincão do Brasil, e a internet está ao alcance de todos, vamos recomeçar o "movimento caixa cheia e 0800câmara" encaminhando e-mail para todos os deputados e senadores e telefonando reivindicando a inclusão da PEC do piso salarial na pauta da câmara federal, para que se cumpra o regimento interno e a Constuição da República e para que não haja dúvidas sobre a independência do poder legilativo.
De outro passo, as entidades representativas dos policiais e bombeiros militares brasileiros, deveriam reiniciar seus trabalhos no parlamento federal, mas precedido de planejamento político estratégico em reuniões regionais, afinal há manifestações pipocando no Brasil inteiro, e estas ações regionais são exatamente para sensibilizar e mobilizar também a sociedade, que como afirmado é a aliada mais fiel e leal, pois é sobre que ela que recaí a má vontade do governo em reconhecer a necessidade de se valorizar os policiais e bombeiros militares brasileiros.
Vamos Todos a luta! Temos um instrumento disponível, acessível e até gratuito, a internet e o e-mail, que agora será muito útil e ágil, e poderá despertar em todos o sentimento de que o dever ainda não foi completamente cumprido, porque ainda falta enfrentar mais algumas batalhas.
O piso salarial dos policiais e bombeiros militares deixou de ser um projeto de emenda constitucional para se tornar uma política pública de segurança pública e bandeira de luta de toda uma classe de trabalhadores, que historicamente são tratados pelo estado como cidadãos de segunda classe e a atividade desqualificada na esfera da cidadania e do respeito a dignidade humana.
Se o estado não valoriza a atividade policial e bombeiro militar é sinal de que também não dedica atenção e prioridade a segurança como direito fundamental do cidadão.
* Presidente da Associação Cidadania e Dignidade, Bacharel em direito e fundador do blog politica cidadania e dignidade
1 comentários:
Com relaçao a este diretor do sindicato da pc enquanto ele fica preoculpado com a nossa gloriosa eles nao vao conseguir nada, nada tem e nada tera.
Postar um comentário