7 de julho de 2011

Choque contra o crime

Equipamento tem carga para
100 dardos em alvo até para
10 metros de distâncias, emitindo
ondas eletromagnéticas
Policiais militares e integrantes das guardas municipais de Belo Horizonte e de Varginha começam a usar, a partir de agosto, pistolas elétricas capazes de imobilizar suspeitos
Em substituição às pistolas automáticas, revólveres e fuzis, usados normalmente pelas forças policiais, armas de eletrochoque, capazes de paralisar criminosos sem feri-los ou matá-los. Essa é a novidade que, a partir de agosto, policiais militares e integrantes das guardas municipais de Belo Horizonte e de Varginha vão levar às ruas para combater a violência. É mais um recurso high tech a ser empregado pelas unidades de segurança estaduais e municipais de Minas, a exemplo do uso de tornozeleiras eletrônicas para vigilância de presos, em uma tendência já consolidada em outros países, onde o emprego de armamento não letal e da tecnologia de ponta está cada vez mais presente na rotina das forças policiais. 
Em Minas, as armas de eletrochoque, chamadas de tasers, estão sendo repassadas pelo Ministério da Justiça. São 545 pistolas, 315 das quais serão entregues à Polícia Militar, 200 para a Guarda Municipal de Belo Horizonte e 30 para a Guarda Municipal de Varginha. Quando disparada, a arma libera dardos capazes de atingir um alvo a 10 metros de distância. Há emissão de ondas eletromagnéticas que interrompem a comunicação do cérebro com o resto do corpo, paralisando por alguns instantes os movimentos do alvo, o suficiente para que ele seja facilmente dominado. 
A compra do armamento faz parte da política de segurança do governo federal de trabalhar com o princípio da inteligência e usar instrumentos de menor potencial ofensivo para reduzir a letalidade e lesões corporais graves decorrentes das ações que demandam emprego de força. A distribuição das 454 pistolas de eletrochoque é a maior já feita no estado. Desde 2009, agentes penitenciários têm 40 armas como essas. O uso do equipamento foi iniciado no sistema prisional. Segundo a secretaria, os dardos de choque foram acionados poucas vezes, mas considerados eficientes no controle de tumultos. Recentemente, durante revista rigorosa na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, um detento foi imobilizado porque se recusou a deixar a cela. Em Uberaba, desde junho, 100 guardas municipais usam esse tipo de armamento 
Da nova remessa de armas não letais, 315 seguem para os batalhões da Polícia Militar, 200 para os guardas municipais da capital e 30 para Varginha. No caso da PM, segundo informou o assessor de imprensa da corporação, capitão Gedir Rocha, um planejamento vai definir quais unidades vão receber o equipamento e em que situações ele deve ser usado. “Possivelmente as tropas especializadas vão receber o material”, afirmou. 
Já nas guardas municipais, os agentes de segurança passarão por treinamento prático e teórico antes de ir às ruas com o novo armamento. Um oficial da Força Nacional de Segurança, do Ministério da Justiça, dará as instruções, capacitando-os para o uso dos tasers com segurança.
FONTE: EM ON LINE
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