A audiência pública feita ontem para debater o projeto que legaliza o trabalho de policiais militares nas horas extras, o chamado “bico”, na Câmara Municipal de Maceió, mostrou que o tema está distante de um consenso. O presidente da Casa, vereador Galba Novaes (PRB), não mediu esforços para defender o projeto, e trouxe à capital alagoana o major da Polícia Militar de São Paulo, Wagner Rodrigues e o consultor em gestão, Reinaldo Japa Takarabe, que coordenam iniciativa semelhante em São Paulo, onde o “bico” ganhou o nome de atividade delegada. Após a explanação da experiência paulista, se alternaram na tribuna da Casa e em entrevistas à imprensa dirigentes e autoridades favoráveis e contrários à proposta. Apenas dez dos 21 vereadores compareceram ao debate de ontem.
O balde de água-fria nos entusiastas do projeto partiu primeiramente da vereadora Heloísa Helena (PSOL), que defendeu a redução na carga horária dos policiais. “Sou absolutamente contra um projeto que aumenta a exploração do policial militar. Sou não apenas contrário á proposta, como também defendo a redução da carga horária. Se o ‘bico’ for legalizado, o policial deixará de ser explorado pelo setor privado para ser explorado pelo setor público”, disparou Heloísa.
O Sindicato dos Guardas Municipais reagiram com desconfiança. O receio é que os PMs tomem o lugar deles, sobretudo na segurança do patrimônio público, uma das principais funções da categoria. “’Tememos a extinção da guarda municipal”, disse Cleif Ricardo, presidente da entidade.
FONTE: O JORNAL
1 comentários:
É uma vergonha o policial militar ter que fazer "bico" para aumentar sua renda. Policial tem é que ser bem remunerado pelo Estado para não ser preciso exercer outra atividade e prestar um bom serviço para a população que pagam seus impostos.
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