20 de setembro de 2011

Com eventos e cuidados de beleza, mulheres celebram 30 anos na polícia mineira

Elas trocaram saias, sandálias e maquiagem por coturnos e representam bem a PMMG
A mulher representa, na questão da segurança pública, inserção de maior sensibilidade no trato com as necessidades da comunidade - Marianna Atatília, primeira-tenente ( Tulio Santos/EM/D.A Press. Brasil)
Há 30 anos, a mulher mineira conseguiu entrar em um mundo até então estritamente masculino e de sentimentos rudes. Em 1º de setembro de 1981, elas, ainda em pequeno número, invadiram, no bom sentido, os quartéis da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Trocaram saias, sandálias e maquiagem por coturnos e fardas amarelas e de lá não mais saíram. Deram à corporação uma injeção de sensibilidade, leveza, flexibilidade e compartilhamento. A iniciativa deu certo e o olhar feminino ganhou uma página na cartilha da segurança pública do estado.
Essa abertura não amoleceu o coração da PMMG na sua missão de recolher o mal das ruas e levá-lo para o devido lugar. Apenas mudou conceitos. Tanto que para comemorar essas três décadas de portas abertas ao mundo feminino a data escolhida para o início das solenidades foi o Dia da Beleza, 19 de setembro. “Estamos festejando em cinco dimensões: o conhecimento, a beleza, a saúde, o compromisso militar e a alegria”, diz a coronel Neuza Maria Aparecida Mendes, diretora de saúde da corporação.
O conhecimento veio de um seminário, ontem de manhã, com participação da ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal (STF); a beleza entrou em cena à tarde, com trato nos cabelos (escova e luzes), limpeza de pele, maquiagem e massagem; a saúde é tema de hoje em uma caminhada no Parque Ecológico Francisco Lins do Rêgo, na Pampulha; a reafirmação profissional será à tarde em solenidade cívico militar; e a alegria vai correr solta à noite em um baile no Labareda Atlético Clube.
Em meio a esteticistas, maquiadoras, cabeleireiras, elas sentiram à vontade. Vaidade à flor de pele. “Um momento para tratar da feminilidade, de cuidar do corpo e da mente. Elas são soldados, mas precisam também ser mulheres, se valorizar como mulheres”, conta a coronel Neuza, que teve a primeira experiência como militar em um quartel do 1º Batalhão, no qual só havia homens. “A pergunta que se fazia era: será que ela vai dar conta do serviço? Como não fui lá para enfeitar, mas para somar, podemos dizer hoje que deu certo.”
FAMÍLIA Bonita, solteira, sonhadora, 25 anos, a 1º tenente Marianna Atatília confiou os cabelos a uma cuidados de uma profissional. “A mulher representa, na questão da segurança pública, inserção de maior sensibilidade no trato com as necessidades da comunidade. Ela tem mais facilidade para identificar carências e problemas.” Há três anos na corporação, elas acrescenta à relevância das características femininas um forte senso de profissionalismo e dedicação. “O baile, hoje, vai marcar nossa alegria por pertencermos a esta família.”
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