21 de outubro de 2011

PCC planejava atacar polícia para agir em Minas

pcc
Líderes do Primeiro Comando já estão sob a tutela do Estado
De acordo com a polícia, o Estado era considerado uma “prioridade” nos planos de expansão da quadrilhaOs bandidos que lideravam o Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, em 2006, chegaram a planejar uma série de atentados que seriam cometidos na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O objetivo era abrir as portas para a organização criminosa montar uma filial em Minas Gerais. O Estado era considerado uma “prioridade” nos planos de expansão da quadrilha.
Nesse planejamento estavam previstos ataques contra delegacias e unidades da Polícia Militar e os seus membros, tendo como exemplo a série de atentados promovidos em São Paulo naquele ano e que resultaram na morte de policiais.
As informações foram fornecidas por um delegado lotado no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo, que pediu o anonimato temendo represálias por parte dos bandidos. Naquela época, o policial trabalhou nas investigações sobre os atentados executados pelo PCC.
O jornalista Josmar Jozino, autor do livro “Cobras e Lagartos”, que conta a história do PCC de São Paulo desde a sua fundação, em 1993, confirma as informações. Por causa das denúncias contidas na publicação, Josmar passou a ser ameaçado de morte pelo comando da organização criminosa. Hoje, anda com escolta armada.
Essa fonte e mais o procurador da Justiça do Estado de São Paulo, Márcio Christino, afirmam que o Estado de Minas Gerais sempre foi uma das prioridades dentro dos planos de expansão do grupo criminoso.
“Minas era alvo do PCC por causa das possibilidades de expansão do tráfico e por ser um Estado central, rota de passagem e de fuga para diversas regiões brasileiras”, diz o delegado do Deic.
Na época, políticos integrantes da CPI das Armas, no Congresso, já analisavam as denúncias sobre os planos de expansão da organização criminosa, principalmente na direção de Minas e do Estado do Rio de Janeiro.
“Pelo que sei, o que impediu a entrada do PCC em Minas Gerais, naquela época, foi a ação rápida e enérgica da polícia mineira”, lembra o delegado do Deic. “Quando esse plano de crescimento da facção criminosa foi descoberto, as autoridades de Minas e do Rio foram avisadas, o que permitiu que a polícia mineira agisse para evitar que acontecesse no Estado o que aconteceu em São Paulo”, explica.
Outra pessoa que estuda e analisa as atividades do PCC é o jornalista André Caramante, da Folha de São Paulo. “Minas Gerais sempre esteve na mira dos criminosos”, declara.
No Estado mineiro, além da Região Metropolitana de Belo Horizonte, os líderes do PCC tinham outros dois alvos preferenciais: o Sul de Minas, como porta de entrada, e o Triângulo Mineiro, por causa do seu aspecto econômico.
Em 2007, a Polícia Militar apreendeu com um traficante, em Uberaba, um texto contendo o “estatuto do PCC”. O documento era direcionado para os interessados em fazer parte da associação criminosa na região.
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