Testemunha |
Com o rosto coberto, a testemunha relatou os momentos que antecederam a morte do Rafael no baile Funk em Esmeraldas. Durante a festa, o namorado de uma garota, assediada pelo PM, não havia gostado e teria ido tomar satisfação com ele. Advertido por seguranças, o sargento saiu da festa e logo em seguida foi abordado por Índio. O policial civil, segundo a testemunha, deu uma volta por trás de um carrinho de cachorro quente para surpreender o militar, com uma gravata e colocando uma arma em sua cintura. A testemunha disse que todos haviam saído da festa para presenciar o tumulto e que naquele momento o baile havia acabado.
Percebendo a confusão instalada, ela deixou o local e foi embora. “Escutei vários disparos e uma voz dizendo que alguém havia sido baleado por bala perdida e pensei que poderia ser o meu irmão. Foi quando ouvi o Índio dizer que “B...tem que morrer”. Escutei dois tiros dados pelo Allan”, relata a testemunha. Ainda segundo ela, o policial militar estava caído no chão, de barriga para cima, com a arma ao lado, segurando um copo e todo ensanguentado.
Em seguida, de acordo com o relato, Índio voltou com um UNO preto para socorrer seu colega, também policial civil, conhecido como Peixe que estava baleado. Ela afirmou que os policiais civis ficaram no local e não deixaram ninguém chegar perto.
A polêmica em torno do caso em que envolveu as polícias civil e militar foi a declaração do delegado, Hugo Silva, na qual ele afirma ter sido legítima defesa a ação dos policiais civis. Desde o início do acontecimento CABO JÚLIO se mostrou indignado como as autoridades policiais que estão no comando do caso. Para ele, o argumento é contraditório uma vez que quatro tiros na cabeça não podem ser considerados legítima defesa. Ainda segundo CABO JÚLIO, o delegado não pediu a prisão preventiva dos envolvidos, procedimento corriqueiro em casos de homicídios, sobretudo, quando envolve policiais militares.
CABO JÚLIO, durante audiência, lembrou o episódio do bairro Lindeia em que três policiais militares se envolveram no assassinato de um rapaz de 19 anos. “Imediatamente, lavraram o Auto de Prisão em Flagrante (APF) dos militares. Mas no episódio de Esmeraldas, não adotaram o mesmo procedimento”, desabafa CABO JÚLIO. O Vereador questiona ainda se o argumento de legítima defesa não foi uma autodefesa da polícia civil. “Isso causa um acirramento nas bases. Historicamente, os problemas de relacionamento não foram nas bases e sim nas cúpulas. Nós devemos digladiar com o inimigo em comum não entre colegas”, conclui.
Ameaças
Outra polêmica apresentada foi a de que uma outra testemunha teria sido ameaçada por investigadores. Durante audiência, deputados disseram que esta testemunha solicitou ao delegado de polícia civil, Hugo Silva, uma cópia de seu depoimento e que o mesmo havia dito não ser possível, por se tratar de segredo de justiça. Ainda segundo informações do relato da testemunha, pessoas entraram em sua casa e chegaram a ir até seu trabalho para intimidá-la. A testemunha afirmou também que o delegado teria dito que "ela poderia falar o que quiser, mas que lá na frente, ela iria se ferrar”. O delegado negou a acusação.
Questionamentos
Durante a reunião em que compareceram dezenas de policiais militares, civis e representantes de entidades de classe das duas corporações, foram colocados em cheque vários questionamentos, entre eles: Por que nem todas as armas foram apreendidas? Por que não deram prisão preventiva assim como fazem com os PM´s envolvidos em crimes? Porque um policial civil foi colocado como testemunha e não como parte envolvida e por que o local do crime não foi preservado?
Justificativas
Os civis envolvidos, Allan César Ribeiro, 21 anos, o “Índio”, Alan dos Santos, 30, David Thiago Santos, 30, e Isaías Barbosa, 32, foram ouvidos na Corregedoria da Polícia Civil e liberados. O delegado Hugo Silva alega segredo de Justiça para não dar informações sobre o caso e negar a cópia do depoimento a pedido de uma das testemunhas.
O Delegado Edson Moreira lembrou o caso Bruno, em que cópias do inquérito eram distribuídas a pedido e que logo em seguida a imprensa veiculava. Lembrou também que na greve da PMMG em 97, cerca de 20 policiais militares testemunharam dizendo ser o Cel Edgar Eleutério Cardoso o responsável pelos tiros que mataram Cb Valério. Moreira argumenta que logo depois do das investigações, chegou-se a conclusão de que não teria sido o Cel citado o autor dos disparos.
CABO JÚLIO refutou o argumento dizendo que a defesa do Eleutério foi feita imediatamente por um chefe do Estado-Maior e que até hoje nada foi provado. Durval Ângelo também disse que a responsabilidade é de quem divulga as informações e não das autoridades que entregam cópias de depoimentos. “O direito de acesso a informações do inquérito é constitucional”, afirma.
Integração
Para amenizar o conflito entre as corporações, autoridades presentes defenderam a integração das polícias. Para CABO JÚLIO, a integração é uma farsa. “É só olhar a realidade das duas polícias. Há uma desproporcionalidade de forças”, argumenta.
Novas Testemunhas
Na próxima quarta-feira(08/02), uma nova audiência pública será realizada para ouvir mais quatro testemunhas, com novas revelações.
Palavras do CABO JÚLIO - FONTE: GUERREIROS DE UBERABA
8 comentários:
Cabo Júlio Minas Gerais precisa de pessoas assim como o senhor que Deus lhe proteja.
esses caras tem que pagar rafael era de bem,e nao desgraça como eles falaram,mais tenho certeza que eles vão pagar!
Cadê o Sr Cb Fernando, Sgt fuuiii de Uberaba e cumpanheirada que diz estar defendendo e representando policiais militares? Eu não vi a cara deles na audiência pública? Parabéns Sgt Rodrigues e Cb Júlio que tem coragem de colocar a cara a tapa e defender nós policiais militares.
CADE A JUSTIÇA PRA DECRETAR A PRISAO DE TODOS ICNCLUSIVE DESTE DELEGADO,PRIVARICAÇAO,IMPROBIDADAE ADIMINISTRATIVA.OU E ESTOU ERRADO CADE OS DOUTRES DO DIREITO.. E BRINCADEIRA ISSO NAO ACONTECE NEM COM ANIMAIS..SR DELEGADO SE FOSSE O CONTRARIO O SR JA TINHA PEDIDO A PRISAO DE TODOS.SR DELEGADO QUE COMPETENCIA E ESSA..SR DELEGADO ONDE O SR ESTUDOU..CADE O CHEFE DA POLICIA CIVIL ´PARA INVESTIGAR A CONDUTA DESTE DELEGADO IMCOMPTENTE....
esses policias civis que fizerem isso sao bandidos e nao policiais. que integraçao porra nenhuma.
ESSES COVARDES, TEM QUE COLOCAR ESSES CÃES NO MEIO DE BANDIDOS COVARDES COMO ELES, MATAM O CARA, AMEAÇAM TESTEMUNHAS, E NÃO DA NADA, QUE P..A É ESSA, QUE PAIS É ESSE, SE FOSSE O INVERSO JA TNHA SIDO RESOLVIDO, FERRO NO PM. QUERO VER OQUE VAI DAR, INCLUSIVE PARA ESSE DELEGADO AI, O PROBLEMA DO PROTEGIDO É O PROTETOR... CÃES, O INFERNO É AQUI...
policia civil? que porra é essa ! tem que acabar com isso ! coloca o exército nas ruas porque policia militar e civil já não estão tendo respeito mais nem entre si, imagina com vagabundo !
ta na cara que isso e politicagem pura e os troxas brigandam entre si
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