Mais de 5 mil policiais civis que trabalham na capital e no restante da
Região Metropolitana de Belo Horizonte podem ficar sem atendimento
médico e dentário a partir de segunda-feira (22). Em condições
precárias, com equipamentos ultrapassados, sem profissionais
especializados nem medicamentos para atender à demanda, o Hospital da
Polícia Civil, exclusivo para servidores da corporação – na prática, um
ambulatório para procedimentos de baixa complexidade – será obrigado a
encerrar as atividades.
Durante inspeção no local, o sindicato da categoria (Sindpol) constatou
diversas irregularidades que colocam em risco não só quem precisa de
socorro, mas os próprios funcionários do hospital. Trincas e gambiarras
elétricas se espalham pelas paredes da edificação.
“Está sucateada, em completo abandono. A situação será agravada na segunda-feira”, diz o presidente do Sindpol, Denílson Martins. Contratos de médicos e dentistas venceram ontem e, segundo o sindicalista, não poderão ser renovados, por determinação do Ministério Público Estadual. “Não há previsão para novo concurso. O número de profissionais será reduzido à escala mínima e a unidade não terá condições de continuar funcionando”.
Quadro de funcionários será reposto, diz diretora
Afastada do trabalho há mais de cinco meses por causa de problemas psiquiátricos, a escrivã E., de 47 anos, não tem dúvidas de que o fechamento do Hospital da Polícia Civil acarretará prejuízos aos servidores do corporação. “Mesmo com todas as dificuldades, a unidade exclusiva representava um auxílio significativo para boa parte dos policiais. Agora, a categoria será obrigada a pagar por um plano de saúde particular”, reclama.
De acordo com a diretora do Hospital da Polícia Civil, Cecília Ribeiro, a unidade não vai fechar. Segundo ela, não há escassez de recursos materiais e o problema está apenas na falta de profissionais especializados. “Com relação à carência de pessoal, o motivo são contratos antigos que estão vencendo”, informou, em nota, a diretora. Para resolver a questão, novos profissionais estão sendo admitidos, afirma Cecília. Hoje, o hospital conta com 25 funcionários contratados até 2014.
Improviso
O vice-presidente da entidade, Antônio Marcos Pereira, diz que o problema vai além da falta de profissionais e não se restringe ao Hospital da Polícia Civil, na rua Bernardo Guimarães, bairro Funcionários, zona Sul de BH. Segundo ele, a Seção de Perícias Médicas, que hoje funciona de maneira improvisada no 4º andar da Federação Mineira de Futebol, no Barro Preto (região central), também apresenta graves irregularidades. “Uma vistoria do próprio Conselho Regional de Medicina concluiu que a área física para a realização de perícias é inadequada e os médicos, insuficientes. O local sequer oferece dados estatísticos sobre os policiais licenciados, o que o conselho considera essencial para um trabalho preventivo”, destaca Pereira.
Nova função
Além disso, profissionais estariam exercendo especialidades sem o devido registro no conselho. “Há casos em que um ortopedista foi obrigado a assinar laudo psiquiátrico”. Com as denúncias, o sindicato quer compelir o poder público a construir um novo hospital e recompor o quadro de funcionários. “Mais de 5 mil policiais ficarão sem atendimento médico, sem contar os dependentes”, lamenta o vice-presidente do Sindicato.
“Está sucateada, em completo abandono. A situação será agravada na segunda-feira”, diz o presidente do Sindpol, Denílson Martins. Contratos de médicos e dentistas venceram ontem e, segundo o sindicalista, não poderão ser renovados, por determinação do Ministério Público Estadual. “Não há previsão para novo concurso. O número de profissionais será reduzido à escala mínima e a unidade não terá condições de continuar funcionando”.
Quadro de funcionários será reposto, diz diretora
Afastada do trabalho há mais de cinco meses por causa de problemas psiquiátricos, a escrivã E., de 47 anos, não tem dúvidas de que o fechamento do Hospital da Polícia Civil acarretará prejuízos aos servidores do corporação. “Mesmo com todas as dificuldades, a unidade exclusiva representava um auxílio significativo para boa parte dos policiais. Agora, a categoria será obrigada a pagar por um plano de saúde particular”, reclama.
De acordo com a diretora do Hospital da Polícia Civil, Cecília Ribeiro, a unidade não vai fechar. Segundo ela, não há escassez de recursos materiais e o problema está apenas na falta de profissionais especializados. “Com relação à carência de pessoal, o motivo são contratos antigos que estão vencendo”, informou, em nota, a diretora. Para resolver a questão, novos profissionais estão sendo admitidos, afirma Cecília. Hoje, o hospital conta com 25 funcionários contratados até 2014.
Improviso
O vice-presidente da entidade, Antônio Marcos Pereira, diz que o problema vai além da falta de profissionais e não se restringe ao Hospital da Polícia Civil, na rua Bernardo Guimarães, bairro Funcionários, zona Sul de BH. Segundo ele, a Seção de Perícias Médicas, que hoje funciona de maneira improvisada no 4º andar da Federação Mineira de Futebol, no Barro Preto (região central), também apresenta graves irregularidades. “Uma vistoria do próprio Conselho Regional de Medicina concluiu que a área física para a realização de perícias é inadequada e os médicos, insuficientes. O local sequer oferece dados estatísticos sobre os policiais licenciados, o que o conselho considera essencial para um trabalho preventivo”, destaca Pereira.
Nova função
Além disso, profissionais estariam exercendo especialidades sem o devido registro no conselho. “Há casos em que um ortopedista foi obrigado a assinar laudo psiquiátrico”. Com as denúncias, o sindicato quer compelir o poder público a construir um novo hospital e recompor o quadro de funcionários. “Mais de 5 mil policiais ficarão sem atendimento médico, sem contar os dependentes”, lamenta o vice-presidente do Sindicato.
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