Um dos entendimentos policiais-operacionais que gosto de seguir é o que determina que devemos reduzir o porte da arma de fogo ao mínimo necessário: portar um armamento pode ser desconfortável e arriscado, a depender do contexto em que esteja o policial. Considere-se, por exemplo, o caso do policial que vá à praia com a esposa e os filhos, e dispõe-se a portar sua arma em algum compartimento, com pouca condição de saque e alguma possibilidade de furto/roubo por alguém mal intencionado. Embora seja uma decisão pessoal, parece pouco útil o porte de arma em situações do tipo.
Por outro lado, há quem abdique do porte de arma de fogo em ocasiões em que o equipamento se faz obviamente necessário, como no caso do policial estar fardado, na rua, se deslocando ao trabalho ou a sua residência, por exemplo. Não é incomum que isto ocorra, principalmente entre policiais com muito tempo distantes da atividade fim das polícias, onde geralmente os riscos são sempre considerados.
Deixar de portar arma de fogo quando estiver fardado, ou identificado por qualquer apetrecho que indique a condição de policial, no Brasil, é expor-se à possibilidade não muito difícil de ser surpreendido por um assalto em andamento, ou topar com um fugitivo da justiça que, receoso de ser pego, acabe investindo criminosamente contra o policial, que não terá possibilidades técnicas de reação. Infelizmente o Brasil, pela significativa incidência de crimes de rua, ainda é um país que não permite certos desleixos por parte dos policiais.
Qualquer que seja o posto ou graduação, lotação, idade e gênero do policial, o que parece mais indicado é que portem arma de fogo caso estejam identificados. Nem é preciso dizer que o treinamento constante em armamento e tiro é imprescindível, algo que deve ser preocupação das polícias e dos próprios policiais.
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