A QUEM INTERESSA A AUSÊNCIA DA POLÍCIA NA SERRA?

A Verdade sobre os fatos da Serra

A ocorrência do Aglomerado da Serra na tarde da última segunda-feira (26/11) nos trouxe à tona o fatídico e trágico acontecimento, no mesmo local, em 19/02/2011.

São ações distintas que requerem tratamentos diferenciados. É preciso enxergar o trabalho policial e quem está envolvido nele. Nesse momento de estresse em que estão todos sob muita pressão, não devemos crucificar o policial, que acima de tudo, é um representante legal do Estado e que, a princípio, agiu em legítima defesa.

A Serra está vivendo momentos que poucas pessoas conhecem. Traficantes andam em grupos armados e agem deliberadamente e livremente pelas ruas da comunidade. A idéia de que não querem a Polícia Militar na Serra não vem de pessoas comuns, cidadãos honrados que são a sua maioria. Vem de bandidos que querem ficar a vontade no tráfico de drogas que lá existe.

Para os traficantes a ausência da polícia é a certeza de que ficarão impunemente vendendo drogas na comunidade. E para isso induzem as pessoas de bem a fazer manifestações contra a presença da polícia, mas obviamente escondem a sua real intenção.

Pseudo lideranças comunitárias estão sendo usadas pelos traficantes para colocar a polícia contra a comunidade local. Queimar ônibus e afastar a polícia da Serra só interessa aos traficantes, e a mais ninguém. Ônibus queimados significam menos transportes para os trabalhadores que usam este meio para se deslocar para seu trabalho. Menos policia, significa mais tráfico, mais violência e mais insegurança.

Em uma reportagem na TV, um cidadão encapuzado fez a seguinte afirmação: “O menino era tranqüilo, era trabalhador, só fumava maconha”. Esta informação nos traz a idéia de que a polícia está a caça de pessoas inocentes e trabalhadoras.

Mas, será essa a verdade dos fatos?

Helenilson Eustáquio da Silva, de 24 anos, tem passagem pela polícia por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Crimes hediondos e repugnantes pela própria natureza violenta do crime. Estava com mandado de prisão em aberto e era procurado pela polícia.

É preciso responsabilidade com as palavras. Não devemos julgar antecipadamente os fatos sem ouvir os dois lados. Não podemos transformar policiais em bandidos e traficantes em heróis.

Cabo Julio

Vereador em BH e Advogado