16 de abril de 2013

Após protestos, Polícia Militar decide adiar leilão de dez cães

 (Marcos Michelin/EM/D.A Press)Nova data ainda não foi acertada pela corporação
Depois de muita polêmica e protestos das entidades que atuam em defesa dos animais, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) decidiu adiar o leilão de dez cães que não demonstraram ter aptidão para trabalhar junto à corporação.
Em nota divulgada no site da corporação, a Polícia Militar (PM) informou que "o Leilão de Cães, que estava previsto para a data desta terça-feira (16), às 13h30, no Batalhão de Polícia de Eventos, foi momentâneamente cancelado para serem realizadas adequações jurídicas e sanados vícios no edital. A nova data será publicada e difundida oportunamente".
Oito labradores e dois pastores alemães seriam leiloados, nesta terça, no canil da corporação, que fica no bairro Saudade, na região leste de Belo Horizonte. O valor inicial do leilão varia entre R$ 90 e R$ 150, mas a assessoria da polícia afirma que esse é um valor simbólico e que a ação é uma forma de garantir que todos interessados participem. Desde 2010, uma norma da corporação proíbe a doação dos cães e também que policiais militares participem do leilão.
O major Enos Machado explica que, há três anos, a doação de cachorros foi proibida pela corporação. Como os animais são tratados como um patrimônio da PM, nem mesmo os policiais podem participar da concorrência. "É uma norma interna, e o leilão é para tornar a venda mais democrática. É para que todos participem. Consideramos o valor simbólico porque, no mercado, esses cães valem até R$ 30 mil", disse.
Protesto
O Movimento Mineiro Pelos Direito Animais (MMDA) entende que os cães não podem ser tratados como mercadoria e que, portanto, não poderiam ser vendidos. A entidade chegou a pedir ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que entrasse com um ação para impedir a venda dos cachorros, mas o órgão não atendeu ao pedido.
De acordo com a Mineiro Pelos Direito Animais (MMDA) , um documento está sendo elaborado, e, nos próximos dias, a denúncia deve ser oficializada. "Animais não são produtos, e somos totalmente contra a comercialização de vidas. Um cão ser bem-tratado não é só ter um abrigo ou estar em dia com a vacinação. Isso vai muito além", afirmou Adriana Cristina Araújo, integrante do movimento.
FONTE: O TEMPO
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1 comentários:

Anônimo disse...

acho que o ideal seria que eles fossem doados aos parceiros de trabalho(policiais militares que trabalharam por anos com os cães), caso não seja possível que pelo menos credencie os participantes do leilão, que seja avaliado a vida dos participantes(ficha criminal/atestado de bons antecedentes), suas reais intenções em relação ao animal, não podemos aceitar que estes cães sofram, depois de terem por anos a fio servido a sociedade, eles merecem uma "aposentadoria" com qualidade ao lado de pessoas que lhes dêem carinho e atenção merecidadas.