Luciene Nascimento teve a filha Bárbara em casa, com a ajuda da mãe e dos Bombeiros, por telefone |
As mesmas mãos que socorrem feridos em tragédias, ou prendem criminosos, também têm a missão de trazer novas vidas ao mundo. Bombeiros e policiais militares se tornam heróis fazendo partos em viaturas ou no meio da rua, quando falta tempo para chegar ao hospital.
No ano passado, o Corpo de Bombeiros prestou 3.015 atendimentos a grávidas em trabalho de parto em Minas. A média é de oito casos por dia.
Mesmo rotineiros, os atendimentos emocionam os militares, como o que ajudou Renata Marcelina, de 33 anos. Ela deu à luz uma menina no dia 8, em uma rua do bairro Boa Vista, região Leste de Belo Horizonte.
O sargento da PM Edward Silva Pedrosa, o primeiro a segurar a recém-nascida, disse que a equipe do tático móvel foi verificar uma denúncia de agressão e deparou com a situação inesperada. “Só deu tempo de forrar o chão e ajudar no nascimento. Já vivi situação semelhante em 1994 e é uma alegria muito grande”, afirma.
A mesma experiência teve a dona de casa Luciene Vitalino Bispo do Nascimento, de 24 anos. O plano dela, de ter um parto tranquilo no hospital, foi interrompido pela pressa de Bárbara, que quis nascer dois meses antes do previsto.
Por telefone
O parto inesperado, feito pela avó da criança, só foi possível graças às orientações dadas por telefone pelo sargento do Corpo de Bombeiros Eduardo de Matos Fernandes.
“Ligamos para o 193, mas não dava tempo de o resgate chegar. O bombeiro tranquilizou e orientou a minha mãe. Fiquei tensa, mas correu tudo bem. Hoje minha filha está saudável e é isso que importa”, comemora Luciene. Bárbara fará 1 ano no dia 20.
O sargento Eduardo Fernandes nunca conheceu a menina, mas fica satisfeito ao saber que ela está crescendo com saúde. “Nossa função é salvar vidas e ficamos felizes quando temos êxito na função. Tomara que ela seja uma vencedora”.
Capacitação
Segundo o capitão dos bombeiros Frederico Pascoal, no curso de formação da corporação é ensinado como fazer partos de urgência. Além disso, os militares fazem estágios em maternidades.
As instruções vão desde como limpar vias aéreas do bebê e a higienização até o corte do cordão umbilical. Após o atendimento de emergência, as grávidas são levadas a um hospital para serem submetidas aos cuidados médicos.
“O atendimento de partos é comum, pois muitas vezes a família não tem recurso para ir ao hospital e chama os bombeiros para fazermos o transporte”, ressalta o capitão.
FONTE: HOJE EM DIA
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