O sargento do 41º Batalhão da Polícia Militar que matou o universitário Luiz Antônio Marques Bittencourt Filho, de 20 anos, que participou de um assalto a um posto de combustíveis às margens do Anel Rodoviário na última sexta-feira, vai passar por exames psicológicos nesta segunda-feira. O psicólogo da PM vai avaliar se o militar vai voltar a fazer os trabalhos nas ruas ou terá de ser remanejado para outro setor.
Neste fim de semana o sargento iria trabalhar, porém, devido ao ocorrido, ganhou folga. “Ele estaria de serviço, mas resolvemos dispensá-lo devido ao caso. No primeiro momento como a adrenalina ainda está atuando, ele se mostrou tranquilo. Não tenho conversado com ele, para que tenha um contato com a família e fazer com que não fique lembrando do ocorrido”, disse o tenente-coronel André Leão, comandante do 41º Batalhão.
O assalto aconteceu por volta das 19h de sexta-feira no Posto Maquiné, Bairro Bonsucesso, Região do Barreiro. Luiz e Diogo Souza Soares, de 22 anos, chegaram no local em um carro, que ficou estacionado em um ponto estratégico para a fuga. Diogo desceu armado enquanto Luiz ficou no veículo. Porém, o assaltante que foi até o escritório do posto acabou surpreendido pelo policial.
O militar havia acabado de calibrar o pneu da motocicleta e iria abastecer. Neste momento, se deparou com o jovem colocando a arma na cintura. O sargento fez a abordagem e o suspeito acabou fugindo.
Diogo correu e foi perseguido pelo militar. Novamente foi dada ordem de parada. O jovem virou para o policial e atirou três vezes. O sargento revidou e acabou acertando Luiz na cabeça. O outro assaltante, se entregou. Com ele foram encontrados R$ 590 em dinheiro e um revólver calibre 38.
Luiz Antônio chegou a ser socorrido para o Hospital Júlia Kubitschek, na Região do Barreiro, mas não resistiu ao ferimento. O corpo do jovem foi enterrado na manhã deste domingo no Cemitério da Saudade. Nenhum parente quis dar entrevista sobre o assunto.
Investigação
Ainda na sexta-feira, testemunhas, o jovem preso e o sargento da PM foram encaminhados à delegacia de plantão da Região do Barreiro onde foram ouvidos. O delegado de plantão entendeu que o policial agiu em legítima defesa. A corregedoria da PM também esteve no local e fez um relatório sobre o caso. “O caso vai ser investigado pela Polícia Civil pois não houve nenhum crime militar”, afirmou o tenente-coronel André Leão.
FONTE: UAI
RELEMBRE O CASO
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