11 de maio de 2013

ANJOS DA GUARDA – Garoto conhece militares que salvaram sua vida

ANJOS DA GUARDA – Garoto conhece militares que salvaram sua vida
Foto: Sd Alexandra/BPMRv
LUCAS hoje com dois anos conhece os militares
“Nossa profissão, sua vida.” Há pouco mais de dois anos o Sargento Figueiredo e o Soldado Franco Mendes do Batalhão de Polícia Rodoviária – BPMRv puderam comprovar a força e a eficácia deste slogan. Graças à ajuda deles, o garoto Lucas sobreviveu a um difícil parto, e hoje, dia 10, pôde conhecer estes heróis que salvaram sua vida.
A AJUDA 
No dia 19 de março de 2011, Ana Kellen Barros, grávida de sete meses, servia um almoço a seus dois filhos, Matheus e Daniel, em sua casa, na cidade de Lagoa Santa. Quando sentou para almoçar com as crianças, percebeu um forte sangramento. Assustada, ligou imediatamente para sua médica que alertou que Ana deveria ir o mais rápido possível para o hospital. 
Sentindo fortes dores, Ana e seu marido Edson, partiram em direção a Belo Horizonte. No entanto, a MG- 010 estava congestionada e os carros não davam passagem. As dores aumentavam na mesma medida do nervosismo do casal. 
Desesperados com a lentidão do trânsito, Ana conta que sentiu um grande alívio quando percebeu em meio ao amontoado de carros uma viatura do BPMRv. “Agora eles vão dar passagem para nós e conseguiremos chegar mais rápido.”, pensou. 
Edson, num ato de desespero, “fechou” o carro da Polícia Militar e pediu socorro. Na viatura estavam o Sargento Figueiredo e o Soldado Franco Mendes, não apenas policiais militares, mas “anjos da guarda”, como descreveu Ana. 
Percebendo a gravidade da situação, os militares se dividiram para prestar socorro tanto físico quanto emocional para o casal. O Sargento colocou Ana na viatura e o Soldado foi com o marido no outro carro. 
MOMENTOS 
No caminho para o hospital, o Sargento Figueiredo, casado há 15 anos e pai de dois filhos, tentou acalmar Ana contando sua própria história. “Coincidentemente sou pai de dois meninos que também nasceram prematuros. Conversei com ela sobre minha vida, tentei controlar seu nervosismo com exemplos da minha história.” 
“O Sgt Figueiredo foi fundamental, pois além de me acalmar, conseguiu me levar com segurança de forma muito rápida para o hospital, passando pelos engarrafamentos com agilidade.”, contou Ana que lembrou ainda que na Avenida Cristiano Machado um novo congestionamento atrapalhou seu trajeto. 
Enquanto isso, no veículo do casal, o Soldado Franco acalmava o pai que temia pela vida de sua mulher e de seu filho. “Eu ia conversando com ele e explicava para ter tranqüilidade, pois, o importante era sua mulher chegar rápido e, com certeza, nós conseguiríamos fazer isso.”, explicou o militar. 
HOSPITAL 
Assim que chegaram a Maternidade Otaviano Neves, em Belo Horizonte, os militares se certificaram que a mãe seria atendida e a ajudaram a ser encaminhada dentro do hospital. “Era um parto de alto risco, não tive tempo nem de ser anestesiada. Assim que cheguei, a minha médica já me atendeu, pois, se demorasse um pouco mais, tanto eu quanto meu filho estaríamos mortos.” 
Segundo Ana, como o sangue coagulou o bebê já estava começando a sugá-lo. “Foi questão de minutos. Logo depois do parto, meu filho foi internado no CTI, onde permaneceu por 11 dias. Agradeço, tanto a vida do Lucas quanto a minha, a ação destes policiais.” 
O ENCONTRO 
Depois que se certificaram que Ana já estava encaminhada, os policiais militares foram embora para cumprir mais uma jornada de trabalho. “Para nós já bastava saber que ela estava entregue à equipe médica. Fizemos nossa parte.”, ressaltou o Sgt Figueiredo. 
O que para os policiais era uma atuação rotineira, já que, salvar vidas é a missão da PMMG, para Ana e Edson foi um divisor de águas. Desde que saíram do hospital, eles não descansavam querendo conhecer estes “heróis” para agradecer pessoalmente o que eles fizeram pelo seu filho. 
Achar estes policiais, no entanto, não foi tarefa fácil. Com o desespero e nervosismo, nem ela e nem o marido lembravam-se dos nomes deles. Tentaram procurar, com isso, pelo Boletim de Ocorrência - BO, mas descobriram que os militares fizeram um BO Simplificado, com a natureza Assistência, que não é informatizado, o que dificultava ainda mais a localização deles. “Durante estes dois anos, todos os militares que encontrava nas ruas eu perguntava, contava minha história, na esperança de encontrá-los.”, explicava Ana. 
O destino, no entanto, fez com que os militares e o casal se encontrassem novamente. Durante uma consulta em uma clínica, Ana conheceu o Major Aguinaldo, subcomandante do BPMRv, e, como sempre fazia, contou sua história. O Major empenhado em descobrir o paradeiro dos policiais, teve uma grata surpresa em constatar que eles estavam lotados na sua unidade. 
Daí em diante, promover o encontro foi fácil. A Soldado Alexandra, da Assessoria de Comunicação, levou os policiais até a casa de Ana e Edson, em Lagoa Santa. Acompanhados do comandante da Unidade, Tenente-Coronel Lara, eles foram recepcionados com um café e lembranças do Lucas. 
EMOÇÃO 
Assim que chegaram à casa do casal, Ana, visivelmente emocionada, apresentou Lucas aos policiais. “Não sei como explicar o que sinto por estes militares. Sem eles, meu filho poderia não estar aqui hoje. Agradeço imensamente o que eles fizeram por nós.” 
O marido também endossou a fala de Ana. “Este rapazinho poderia não ter sobrevivido. A PMMG tem uma grande função social e sou muito grato a eles e a toda Corporação.” Os militares ainda levaram um carrinho de controle remoto do BPMRv para o garotinho brincar com os irmãos. 
O Tenente-Coronel Lara ainda lembrou que muitas vezes a atuação operacional da PM não permite que as pessoas se inteirem do grande trabalho social da Corporação. “O Batalhão Rodoviário lida, diariamente, com trânsito, com notificações e ver integrantes da nossa Unidade serem reconhecidos por atuações de assistência é muito gratificante.” 
“Quando saímos de uma ocorrência, seja ela assistencial ou não, cumprimos nossa meta e, muitas vezes, não sabemos o seu desdobramento. Fico muito feliz em conhecer o Lucas e sabe que pude contribuir para que ele esteja com sua família.”, destacou o Soldado Franco Mendes. 
Sem conseguir esconder a emoção, o Sargento Figueiredo, contou que em 21 anos de Polícia Militar, aquela foi a única ocorrência em que participou envolvendo um parto de alto risco. “Passei pelo que vocês passaram, pois, meu filho também ficou 11 dias no CTI. Sou muito abençoado por ter auxiliado vocês a estarem carregando seu filho hoje.” 
O encontro terminou com mais um momento de alegria. O filho mais velho do casal, Matheus, não pode estar em casa no momento, mas deixou uma carta que emocionou muito os policiais. “Obrigado pelo que vocês fizeram pelo meu irmão, que Deus abençoe muito vocês.” 
(Sheila de Ângelis)
FONTE: PMMG
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

0 comentários: