Os dois jornalistas foram assassinados no começo de 2013 |
Capitão é preso suspeito de participar de crimes no Vale do Aço. Militar pode ter participação nos assassinatos de jornalista e fotógrafo de Ipatinga
Um militar lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar de Belo Horizonte foi preso, nesta sexta-feira (19), suspeito de envolvimento em 14 crimes realizados na região do Vale do Aço. Entre eles, estão as mortes do jornalista Rodrigo Neto, no dia 8 de março, e a do fotógrafo Walgney Carvalho, no dia 14 de abril, em Ipatinga.
De acordo com a Polícia Civil, a prisão foi expedida pela juíza Ludmila Lins Grilo, da comarca de Ipatinga. O capitão, que não teve o nome divulgado, teria servido à corporação durante um tempo na cidade. No momento da prisão, o militar estava no horário de trabalho no Centro de Tecnologia (CTT) da Polícia Militar, no batalhão localizado na avenida Amazonas, no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte.
De lá, o homem foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo delito e, depois, conduzido ao 39º Batalhão, no bairro Cidade Industrial, em Contagem, na região metropolitana. Ele está á disposição da Justiça.
As investigações sobre os casos de homicídios no Vale do Aço continuam a cargo da Polícia Civil, que dará outras informações sobre os assassinatos na próxima semana.
Grupo de delegados acusa capitão da PM de mandar matar um mototaxista em Ipatinga. Caso era apurado por jornalista executado este ano na cidade.
Um capitão da Polícia Militar foi preso ontem à tarde, em Belo Horizonte, em decorrência dos trabalhos da força-tarefa que investiga 14 assassinatos no Vale do Aço com indícios de participação de grupos de extermínio. Entre os casos estão as execuções a tiros do jornalista Rodrigo Neto, de 38 anos, em março deste ano, e do repórter fotográfico Walgney Assis de Carvalho, de 43, em abril. De acordo com o delegado Wagner Pinto, que chefia a força-tarefa, o oficial da PM Charles Clemencius Diniz Teixeira não está ligado às mortes dos dois profissionais de imprensa. Porém, é suspeito de ser o mandante da execução do mototaxista Diunismar Vital Ferreira, o Juninho, de 41. Por ocasião do ataque ao mototaxista, o instalador de máquinas José Maria, de 58, foi atingido por uma bala perdida e também morreu.
O delegado Emerson Crispim de Morais, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela apuração do crime, ocorrido em 8 de fevereiro de 2007, disse que o capitão nega ter sido o mandante. Porém, ele e sua atual companheira, Cíntia Ramos Faridi, foram indiciados pelo duplo homicídio. No caso da morte do instalador, que não seria o alvo do casal, eles respondem por dolo eventual, quando assumem o risco de matar. Morais justificou o pedido de prisão preventiva do militar como forma de garantir a ordem pública. “Há várias testemunhas que confirmam os atritos entre a vítima e o acusado, seguidos de ameaças de morte”, disse o delegado, que descartou qualquer envolvimento do oficial nas execuções dos jornalistas.As acusações contra Charles Clemencius faziam parte de um material que o repórter Rodrigo Neto vinha juntando pouco antes de morrer para produzir uma série de matérias. Diunismar era um trabalhador sem qualquer passagem pela polícia, mas o caminho dele cruzou com o do capitão, que trabalhava em Ipatinga, depois que sua então namorada, Cintia Faridi, passou a ter um caso com o militar, na época casado. Diante dos constantes atritos, seguidos de ameaças, entre os dois, Charles chegou a ser transferido para a cidade vizinha de Belo Oriente.
Discussão
Diunismar Ferreira foi morto depois de se envolver numa discussão seguida de agressão à sua ex-companheira. A mulher o procurou para pegar seus pertences, colocando fim na relação do casal. Testemunhas contaram que Cíntia dirigia o carro do capitão da PM, com quem passou a morar, e durante o atrito, Diunismar chutou a porta do veículo. A ex-companheira então o ameaçou de morte e, passadas 11 horas, dois homens numa moto o abordaram numa padaria, no Bairro Veneza, em Ipatinga, para executá-lo com seis tiros. Foi quando o instalador José Maria também foi baleado e morreu.
Desde que a força-tarefa com quatro delegados do DHPP, de Belo Horizonte, iniciou as apurações no Vale do Aço, há três meses, já foram presos nove policiais, sendo três militares e seis civis. Um dos presos, o investigador Lúcio Lírio Leal, de 22, é suspeito de participação na execução do repórter Rodrigo Neto. Alessandro Neves, de 31, o Pitote, é apontado como o autor dos cinco disparos que atingiram o jornalista. Mesmo não sendo policial, ele circulava livremente pelas delegacias de Ipatinga e até participava de ações da Polícia Civil na cidade. Os dois foram presos no mês passado. Há outro policial preso, suspeito de participação no assassinato de Walgney Carvalho. As mortes dos jornalistas motivaram a troca da cúpula da Polícia Civil no Vale do Aço, em abril.
Um policial militar suspeito de ter participado de homicídio ocorrido no Vale do Aço foi preso na tarde desta sexta-feira (19), em Belo Horizonte. O oficial, que é lotado no Centro de Tecnologia e Telecomunicações, no bairro Gameleira, teve o pedido de prisão expedido pela juíza Ludmila Lins Grilo, da comarca de Ipatinga.
De acordo com a assessoria de Polícia Civil, a magistrada fez a solicitação com base em investigações realizadas pela força-tarefa da corporação, que foi criada com o objetivo de solucionar uma série de crimes registrados na região do Vale do Aço. Sendo válido lembrar que, entre esses crimes investigados, estão os casos que tiveram como vítimas os jornalistas Rodrigo Neto e Walgney Carvalho.
O policial militar, que não teve o nome divulgado, foi encaminhado a um batalhão da corporação, onde permanecerá à disposição da Justiça até o julgamento.
O previsto é que, até o final da próxima semana, a Polícia Civil divulgue mais informações sobre as investigações realizadas no Vale do Aço.
Andamento do caso
No dia 11 de junho deste ano, foi renovada a prisão temporária de cinco suspeitos de envolvimento no assassinato dos jornalistas. O grupo também é acusado de ter participado de outros 12 crimes ocorridos na mesma região do Estado.
A renovação foi concedida pela Justiça, após o chefe do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Wagner Pinto, ter feito o pedido.
Durante as investigações, oito policiais suspeitos de envolvimento com os crimes tiveram a prisão temporária decretada, sendo seis policiais civis e dois militares. Dos seis policiais civis, um médico-legista de Ipatinga foi liberado com alvará de soltura da Justiça, após a Polícia Civil concluir que ele não só colaborou com as apurações, como também não possui qualquer envolvimento com os casos sob investigação. Os demais suspeitos permanecem detidos.
Os crimes contra jornalistas
O jornalista Rodrigo Neto, de 38 anos, foi assassinado dia 8 de março deste ano e o fotógrafo Walgney Carvalho, de 43, dia 14 de abril.
A polícia suspeita que Neto morreu em função de um trabalho investigativo que realizava e o fotógrafo por saber quem matou o colega.
TV RECORD
A Polícia Civil concluiu que ele não só colaborou com as apurações, como também não possui qualquer envolvimento com os casos sob investigação. Os demais suspeitos permanecem detidos.
TV RECORD
A Polícia Civil concluiu que ele não só colaborou com as apurações, como também não possui qualquer envolvimento com os casos sob investigação. Os demais suspeitos permanecem detidos.
1 comentários:
será que se fosse um praça já não estaria preso ou talvez até condenado..
causos de policia....
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