20 de fevereiro de 2014

NOVOS BATALHÕES DA PM TERÃO APOIO DE 21 BASES COMUNICATÁRIAS MÓVEIS

Ruas de Belo Horizonte já estão tomadas por 1 mil novos policiais
Blitz realizada no Bairro Guitierrez, Região Oeste da capital, verificou situação de motos e automóveis (Edésio Ferreira/EM/D.A Press
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Já está nas ruas o reforço de policiais militares anunciado na segunda-feira (17) pelo governador Antonio Anastasia. Divididos em três batalhões, 1,1 mil homens e mulheres do setor administrativo da Polícia Militar e da academia da corporação se revezam complementando o patrulhamento territorial de Belo Horizonte e, em um segundo momento, da Grande BH. As unidades Minas e Gerais, cada uma com 400 militares, são os chamados batalhões Metrópole, que terão à disposição 21 novas bases comunitárias móveis para ocupar inicialmente pontos mais movimentados e de maior incidência da criminalidade na capital. 

O Batalhão Fernão Capelo, formado por cadetes e alunos da escola de formação de oficiais da PM, colocará 300 policiais para fazer as aulas práticas do curso nas ruas. O lançamento do novo efetivo foi feito durante uma solenidade na academia, Bairro Prado, Oeste de BH, e contou com a presença da cúpula da PM, além do secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz. Os futuros tenentes terão uma estratégia bem delineada, segundo o tenente-coronel Hércules de Paula Freitas, comandante do Fernão Capelo. A atuação será dividida em quatro eixos. 

Os militares farão blitzes nos grandes corredores, patrulharão saídas de bairros, percorrerão itinerários escolhidos previamente e farão rondas a pé em locais também definidos com antecedência. “Nesses pontos de ronda, normalmente a dupla de militares que está na viatura para o veículo em algum local e permanece patrulhando o entorno a pé durante 45 minutos, sempre na órbita da viatura”, diz o comandante. O tenente-coronel explica que o curso para a formação dos oficiais continua normalmente na academia. “As aulas práticas, que antes ocorriam nos nossos próprios espaços, vão acontecer nas ruas, com a presença dos oficiais que são os professores”, diz o militar. 

DISTRIBUIÇÃO - Nessa quarta-feira, a turma identificada por um colete refletivo verde além da farda normal se dividiu em quatro áreas da cidade. O grupo patrulhou o Hipercentro, os bairros Padre Eustáquio (Noroeste) e Gutierrez (Oeste) e a Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul. Já os militares que foram deslocados da administração da PM atuam com ao apoio de 21 bases comunitárias móveis. São três companhias em cada um dos dois batalhões Metrópole que atuarão de forma preventiva, ocupando locais de maior movimento e de concentração da criminalidade, conforme levantamento da corporação. Uma das unidades está sob o comando da tenente-coronel Lirliê Alves e a outra seguirá as ordens do tenente-coronel Daniel Garcia. Ontem, militares e bases ocuparam especialmente praças de BH. “Tivemos equipes nas praças do Papa, da Savassi, da Estação, Raul Soares, Sete e Hugo Werneck, além de grandes corredores”, disse Lirliê Alves. 

Durante discurso para a tropa, o comandante geral da PM se dirigiu com mais veemência especialmente aos que fazem parte da administração e agora servirão nas ruas. O coronel Sant’Ana destacou que os novos efetivos empregados terão um caráter preventivo. “A Polícia Militar atende tantas ocorrências que normalmente um policial já sai do quartel empenhado. Nesse caso, vamos atuar com flexibilidade, ocupando bairros, centros comerciais e eixos norteados pela incidência criminal e sensação de segurança”, disse o coronel. O secretário Rômulo Ferraz informou que a decisão por mais policiamento não saiu antes porque a administração da PM precisava ser mantida. “Nesse momento essas funções estão sendo sacrificadas para trazer maior conforto ao cidadão, primeiro em BH e, posteriormente, na Grande BH e interior do estado.

Nas ruas, a população aprovou a novidade. O aposentado Wanderley Marques Mendes, de 75 anos, elogiou a postura da PM. “Vem em boa hora esse reforço. Tem lugares em que não podemos ficar por causa dos bandidos”, disse ele. O auxiliar de mestre de obras Gleidson Patrick da Silva, de 22, gostaria que esse reforço fosse uma ação duradoura. “Queria muito acreditar que isso não é uma coisa pontual”, afirmou. A manicure Rosângela Vilma Cardoso, de 34, disse que a presença de mais policiais nas ruas é necessária. “Transitar em locais em que você vê um policial militar garante a segurança que está faltando na cidade”, afirmou.

FONTE: UAI
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