20 de março de 2014

PM DÁ NOTA ZERO PARA A SEGURANÇA EM MINAS


Meta para redução de crimes é descumprida em todo o Estado ‘Combate foge às forças da PM’

Minas Gerais tirou nota zero no cumprimento das metas de redução de crimes violentos, segundo o relatório Indicadores do Acordo de Resultados de 2013, elaborado pelo Centro Integrado de Informação de Defesa Social (Cinds) da Polícia Militar (PM), ao qual a reportagem de O TEMPO teve acesso com exclusividade. Todas as 18 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) do Estado tiveram aumento nesse tipo de ocorrência e nenhuma delas conseguiu baixar o índice ao nível estipulado pelos órgãos de defesa social. Com isso, Minas fechou 2013 com uma taxa de 430,01 crimes violentos por 100 mil habitantes, sendo que o número não deveria ter passado de 336,60.

Nas cidades. “Estamos reféns da indústria do crime. O assalto virou rotina”, afirmou o auditor Antonio Fernando de Lima, 72, que teve o carro roubado no último dia 10 na porta de casa, no bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Na capital, que corresponde à 1ª Risp, a taxa almejada era de 995,53 crimes violentos por 100 mil habitantes, porém, em 2013 foram 1.234,31 registros. O resultado também rendeu nota zero para a cidade, o que se repetiu em pelo menos 12 das 18 regiões integradas do Estado.

Mortes. Os homicídios tiveram aumento em 11 das 18 Risps e, com isso, a meta de redução da taxa de assassinatos também não foi alcançada na mesma proporção.

A Polícia Militar informou que o aumento dos crimes violentos é motivado por fatores sociais, culturais e econômicos, que muitas vezes extrapolam as forças policiais. “A redução do homicídio e do estupro, por exemplo, carece de consciência e de um comportamento mais civilizado e humanizado das pessoas”, afirmou o chefe de comunicação da corporação, tenente-coronel Alberto Luiz Alves.

Já o roubo, maioria dos crimes violentos, tem aumentado por conta da ação da polícia no combate ao tráfico de drogas e à entrada de armas de fogo no Estado, por meio da ação Divisas Seguras. “Quando nós combatemos ou enfrentamos a apreensão de armas e drogas, pode haver migração de pessoas para o crime contra o patrimônio”, afirmou o militar.

Alves admite, no entanto, que a sensação de impunidade faz com que muitas pessoas prefiram roubar a trabalhar. “Elas decidem adquirir um patrimônio mesmo sem ter condições de adquiri-lo”, concluiu. (LC)

Meta. A meta estabelecida no Indicadores do Acordo de Resultados foi pactuada entre a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e os órgãos de segurança, como polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros.

Parâmetro. Segundo a Polícia Militar, as metas são definidas anualmente, sempre buscando a redução e tendo como parâmetro os dados de anos anteriores.

Prêmios. Para incentivar o combate às metas, são dados prêmios de produtividade.
FONTE: O TEMPO
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3 comentários:

Anônimo disse...

O histórico criminal no Brasil mostra que Segurança Pública é um problema muito grande para se resolver apenas com policiamento.

Alguns, intuitivamente, dizem que o problema é a legislação. Pois bem,o Corpo de Bombeiros recebeu, na Emenda Constitucional nº 39/1999 a responsabilidade de "estabelecimento de normas relativas à segurança das pessoas e de seus bens contra incêndio ou qualquer tipo de catástrofe" (Vide Art. 142, Inc. II da Constituição de Minas Gerais). E a segurança proporcionada pelos Soldados do Fogo vai muito bem! obrigado!

A Polícia Militar, também, deveria ter capacidade de expedir resoluções ou portarias regulamentando:
a) Instalação de câmeras no perímetro urbano;
b) Toque de Recolher em determinadas áreas da cidade;
c) Cadastramento de lojas de peças usadas para veículos, bem como a regulamentação de um banco de dados geral que permitisse investigar a origem das peças;
d) A classificação de estabelecimentos, conforme frequência e natureza de eventos que nele ocorrem; exemplo hotéis com certo número de ocorrências ligadas a prostituição ficariam marcados, durante um mês, com uma tarja vermelha; locais com histórico de jogo ilegal ficariam marcados, por dois meses, com uma tarja azul.

As Normas de Prevenção Criminal - NPC da Polícia Militar seriam centradas no objetivo de criar um mapa de orientação das pessoas de boa conduta. Com isso a Polícia alcançaria o mesmo grau de eficiência e confiança social do Corpo de Bombeiros.

Pensem a respeito disso!

Anônimo disse...

Vc é um gozador camarada,PM na maioria dos Municípios Mineiros é que faz o trabalho de Bombeiro, queria ver comparar se estivesse presente na maioria dos municípios. As metas do BM não chegam nem perto das metas da PM. Enquanto acontecem dez ocorrências típicas de Polícia acontece uma típica de bombeiro, e olhe lá, se fosse ao contrário queria ver essa tal boa aceitação por parte da sociedade que vc diz ter.

Anônimo disse...

Vc é um gozador camarada,PM na maioria dos Municípios Mineiros é que faz o trabalho de Bombeiro, queria ver comparar se estivesse presente na maioria dos municípios. As metas do BM não chegam nem perto das metas da PM. Enquanto acontecem dez ocorrências típicas de Polícia acontece uma típica de bombeiro, e olhe lá, se fosse ao contrário queria ver essa tal boa aceitação por parte da sociedade que vc diz ter.