A prevenção é a aposta do Sistema Fiemg no combate à atuação de traficantes de drogas dentro das unidades do Sesi e do Senai no Estado. Nos últimos cinco anos, de acordo com a instituição, alguns casos foram registrados nas dependências das escolas.
Para reduzir o número de ocorrências, um convênio assinado na última segunda-feira (16) entre a entidade e a Polícia Militar vai levar policiais para dentro da sala de aula em um trabalho de conscientização, por meio do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).
A quantidade de casos detectados nas escolas da Fiemg não foi informada. Em um dos episódios, um homem conseguiu se matricular em uma unidade do Senai no Norte de Minas, por meio de um programa federal, para vender drogas aos alunos.
“Descobrimos que a intenção dele era somente comercializar entorpecente, não estava ali para estudar e concluir o curso. Inclusive, esse rapaz ameaçava o gerente da unidade. Constatamos que ele tinha 16 passagens pela polícia”, contou o gerente de Segurança Institucional da Fiemg, coronel Aníbal Fonseca. O criminoso foi afastado das atividades escolares.
Já na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), um aluno de 16 anos estava aliciando um outro, de 10, para vender drogas em uma das escolas do sistema. O adolescente foi encaminhado para um trabalho multidisciplinar com assistente social e psicólogo. “Infelizmente, o problema é generalizado nas escolas públicas e particulares. Mais atuantes, os traficantes buscam ampliar o mercado consumidor, principalmente em ambientes esportivos e escolares. A prevenção é necessária para alertar um possível usuário”, disse Aníbal.
PROJETO
O convênio entre PM e Fiemg irá abranger 120 escolas do sistema em todo o Estado, alcançando cerca de 300 mil alunos nos próximos dois anos. Semanalmente, os policiais do Proerd irão às unidades escolares para encontros de uma hora com os estudantes, totalizando dez palestras ao longo de um semestre.
MATERIAL
A Fiemg também disponibilizará kits do Proerd para a PM trabalhar com a comunidade no entorno das unidades. O currículo será desenvolvido com a faixa etária de 5 a 15 anos.
“Jovens e adultos também serão envolvidos. Estamos desenvolvendo os trabalhos com a Fiemg”, destacou o assessor de Prevenção às Drogas da PM, major Hudson Matos Ferraz Junior.
Como as atividades visam dar apoio às famílias, também conscientizando-as dos perigos das drogas, pais dos alunos serão convidados a assistir as palestras dos PMs.
"O aliciamento acontece cada vez mais cedo", afirma major
A necessidade de se aproximar dos estudantes, por meio do diálogo, é destacada no Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). “O aliciamento para o tráfico acontece cada vez mais cedo. É preciso estar perto da criança e do adolescente. A prevenção e a conversa são fundamentais nesse processo”, diz o assessor de Prevenção às Drogas da Polícia Militar, major Hudson Matos Ferraz Junior.
Especialista em segurança pública, Robson Sávio Souza discorda do envolvimento de militares nesse tipo de trabalho. Para ele, a prevenção no ambiente escolar deveria ficar à cargo de professores e profissionais da área da saúde, já que, na visão dele, a problemática das drogas tem que ser tratada como questão de saúde pública. “Policial tem que cuidar da segurança pública, não estar em sala de aula. Isso mostra uma postura repressiva. As pessoas acham que o viés da repressão é o adequado, mas não é. Pelo contrário, nos últimos anos, vimos a explosão das drogas e mais mortes relacionadas a elas”.
O major Hudson Ferraz não acredita que o programa seja um trabalho repressivo. “Conversamos com os alunos, mostramos a realidade para eles, estamos ali para orientar. O Proerd atua na prevenção primária, que busca evitar que a criança ou o adolescente experimente drogas. Os resultados são, sim, positivos”, frisou o policial.
FONTE: HOJE EM DIA
1 comentários:
Até que ponto chegamos em um País que se diz de Paz e controle sobre todas situações de risco em todas as áreas;agora até dentro das Escolas a PM tem que trabalhar pra inibir o tráfico de Drogas.Acabou a segurança do povo brasileiro em toda parte,enquanto que os bandidos além de term cinco refeições por dia,Médicos a hora em que precisam,coisa que quem esta aqui fora trabalhando e precisa não tem quando precisam.Moral da história quem precisa de segurança,é justamente quem não tem.
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