22 de julho de 2015

POLICIAIS TREINADOS PARA AGIR EM REBELIÕES NOS PRESÍDIOS

Treinados para agir em rebeliões nos presídiosNo cenário de superlotação de presídios, que torna os complexos penitenciários um verdadeiro barril de pólvora, treinamento das forças de segurança pública nunca é demais. Para aperfeiçoar o desempenho, militares do Batalhão de Choque começaram nessa terça-feira (21) uma preparação para intervenções em presídios mineiros.

Com duração de três meses, o Treinamento de Choque em Estabelecimentos Prisionais tem o objetivo de atualizar as formas de atuação do grupamento – que há 8 anos não age em rebeliões no Estado. De acordo com o comandante da tropa, tenente-coronel Gianfranco Caiafa, a ação nesses casos deve ser certeira: garantir a ordem, reassumir o controle do presídio, além de dar segurança a reféns, policiais e detentos. “Na maioria dos casos, os próprios agentes penitenciários conseguiram controlar os motins, não havendo a necessidade da nossa presença nos últimos anos”, explicou.

No curso, os 240 militares são orientados por uma equipe multidisciplinar. Entre as atividades, situações que simulam uma rebelião. “A diferença nesse tipo de atuação é a de que nas ruas focamos a dispersão. Já nos presídios, a retomada do controle”, afirmou o coordenador da capacitação, tenente Carlos Tadeu Mazala.

Na prática, os militares aprendem técnicas de abordagem, neutralização dos criminosos e utilização de equipamentos como bombas de efeito moral especiais para locais fechados.

Alarmante

Em maio deste ano, o Hoje em Dia mostrou a situação precária do sistema prisional de Minas. Falta de vagas, celas que deveriam abrigar oito detentos ocupadas por 25 homens, infiltrações e quase nenhuma condição de higiene.

A superlotação, infraestrutura precária, alimentação de má qualidade e restrições de visitas são consideradas fatores para o início de um motim. “Sabemos que o risco é grande e precisamos estar preparados para qualquer tipo de intervenção”, disse Mazala.

O Estado tem, atualmente, 55.267 detentos e um déficit de 26 mil vagas, de acordo com a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). Nos seis primeiros meses deste ano foram quatro motins em Minas, mesma quantidade registrada de janeiro a junho de 2014.

Equipes

Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), os agentes penitenciários são preparados para agir em qualquer situação de tumulto. As unidades prisionais também contam com um Grupo de Intervenção Rápida (GIR), acionado quando necessário.

O especialista em segurança pública Cláudio Beatro afirma que uma boa administração prisional reduz os riscos de rebelião. “O problema está na forma de gerenciamento do sistema prisional. Uma estrutura bem planejada evita motins. Esse foi o cenário por oito anos no Estado”.

FONTE: HOJE EM DIA
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2 comentários:

Anônimo disse...

Não houve rebelião e motins durante oito anos, agora o governo anterior foi o culpado? Quer dizer que o trabalho do COPE, GIR, e GTI não serviram de nada. Parabéns ao governo por reconhecer o trabalho do agente penitenciário, investimentos nos pms é o melhor caminho. Bota o COPE pra bater tranca. Na minha opinião tem de aprimorar o que vem dando certo e não desmotivar os servidores penitenciários, os grupos que atuavam tinham capacidade. O agente não tem culpa das cadeias estarem super lotadas e não haver investimentos em infraestrutura e tampouco politicas publicas voltadas para o sistema prisional. Será que não é mais viável investir no treinamento e aperfeiçoamento dos que lá estão, ou tem haver com politica? Espero que meu comentário seja publicado, é apenas opinião!

Anônimo disse...

Concordo. Mas acredito que a falta de interesse dos agentes que ocupam cargos de direção nas unidades e na própria seds é que resulta na proatividade da PM. Os agentes dos grupos táticos e especializados GIR e COPE tem com excelência feito esse trabalho. O investimento deveria ser para esses e não aos PMS.