8 de junho de 2017

AUDIÊNCIA PÚBLICA APURA VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS CONTRA SARGENTO EM POUSO ALEGRE

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a pedido do deputado CABO JÚLIO promoveu uma audiência pública na manhã desta quarta-feira (07/06) para apurar a violação contra a Sargento Raquel Aparecida Vasconcelos realizada pelo 1º-tenente Juliano Ricardo Costa, comandante da 56ª Cia. do 20º Batalhão da Polícia Militar (BPM), situada em Pouso Alegre (sul de Minas).

Segundo a Sargento Raquel Aparecida Vasconcelos, a mesma teria sido desrespeitada e ameaçada de prisão pelo 1º-tenente Juliano Ricardo Costa, tanto na rede de comunicações da Polícia Militar quanto em seu local de trabalho. O episódio que gerou a acusação ocorreu no dia 3/11/16, no Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM).

De acordo com Raquel, no dia do fato, ela e mais um militar estavam de serviço no Copom e o movimento era muito grande. Ocorria no dia uma mega operação, e a Sargento estava responsável pelo atendimento dos dois telefones do 190, PABX e também do rádio. Isso a impossibilitava até mesmo de se ausentar para suprir suas necessidades básicas, como tomar um copo d'água ou ir ao banheiro.

Raquel estava exercendo muitas funções ao mesmo tempo. Além de receber as ligações, ela despachava as viaturas, acionava perícia quando necessário, guincho, realizava registro de moto furtada e outras coisas. Quando o tenente solicitou a viatura, ela informou que não havia uma viatura para enviar e disse que iria despachar assim que houvesse.

1º-tenente, vendo que ela estava demorando a atender o seu pedido, chamou-a no rádio e fez a pergunta "tem quanto tempo que pedi a viatura?". Ela informou que havia 38 minutos, e na mesma hora o tenente começou a agredi-la com palavras, como "você é uma incompetente", deixando-a constrangida à vista de todos que estavam no local, inclusive dos subordinados.

Comissão de Direitos Humanos discute a suposto abuso de autoridade e assédio moral por parte do Sr. Juliano Ricardo Costa, 1º tenente, em desfavor da Sra. Raquel Aparecida Vasconcelos, sargento, em episódio ocorrido no dia 3/11/2016."Me senti muito humilhada, desrespeitada perante meus colegas de trabalho. Fiquei tão angustiada e indignada com a atitude e tratamento dele, que comecei a passar mal de gastrite nervosa. Nunca tratei ninguém com essa indiferença e arrogância. Infelizmente, essa não é a primeira vez que esse tenente me humilhou. É muito sofrimento, eu durmo com isso e acordo com isso, toda hora que vejo, vem à minha mente a palavra INCOMPETENTE", afirma a Sargento Raquel Vasconcelos.

"É lamentável que ainda aconteçam fatos como esse, em pleno século XXI. É triste ver que nossos parceiros de farda ainda são vítimas de abusos de autoridade e assédio moral. Infelizmente, o tenente Juliano e o comandante da 56ª Cia. do 20º Batalhão da Polícia Militar (BPM) não vieram para dar explicações, mas agora vamos tomar outras providências. Se ele não quis vir, deve ser porque tem algo a temer, uma vez que a ALMG também é um canal para que ele dê sua própria versão da história", afirma CABO JÚLIO.

CABO JÚLIO conclui afirmando que agora o problema é entre os poderes: o Legislativo, que fez uma convocação, e o poder Executivo, que tomou a decisão de não comparecer a uma convocação do poder Legislativo.

"Convocado não é convidado. Tem a obrigação perante o regimento interno da ALMG de vir a uma convocação, que é personalizada e não pode ser repassada a alguém, para o substituir. Não tenho nada contra ele, a discussão aqui é sobre o fato ocorrido. Vamos tomar as providências cabíveis e enviar o caso também à Promotoria de Direitos Humanos", conclui CABO JÚLIO.
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