8 de fevereiro de 2010

Superação - Sargento reformado conta as dificuldades que enfrentaram durante os dois dias em Brasília

“Ao cair da noite, conhecemos e transpomos nossa penúria de sacrifício, desta feita, éramos nós que precisávamos de atenção. O mínimo de subsistência: alimentação, necessidades fisiológicas, banho e repouso”.
Com este relato, Sargento Adão Sérgio narra as dificuldades que ele e mais dezenas ou centenas de militares da ativa, da reserva, pensionistas, filhos de militares de Uberaba e Uberlândia enfrentaram e passaram durante os dois dias que estiveram em Brasília lutando pela dignidade da classe.
A mobilização da PEC 300 (02 e 03/02) (noticiada nos quatro cantos do país pela imprensa nacional e todas as mídias sociais e menos a imprensa mineira) reuniu milhares de pessoas e entrou para a história do país como uma das mais importantes mobilizações feitas por militares desde 1997.
Sgt. Adão em sua narrativa lembra dos improvisos a que todos se submeteram para estarem presentes na capital federal. Algumas pessoas levaram barracas, outras se acomodaram dentro dos ônibus. Pessoas de todas as idades, inclusive idosas. Na hora do banho, foi o apoio de trabalhadores de uma construção civil que disponibilizaram chuveiros ou jatos de água para que todos refrescassem as ”têmporas”, pelo menos por um dia. “Ninguém reclamava, todos festejavam”, conta Adão que precisou apelar para a rodoferroviária da capital, com suas instalações precárias, para conseguir ter o mínimo de higiene, no segundo dia.
“Tínhamos a responsabilidade de tratar bem nossos velhinhos e velhinhas que nos acompanhavam sem reclamar e se moldavam a nossas precariedades”.
Novos problemas
Durante a concentração, em que todos se reuniam para traçar metas e objetivos, especulações apontavam para o boicote à PEC 300 e o apoio à PEC 446, antiga PEC 41. Mesmo com tantos “CARA DE PAU” de plantão, o sargento conta que embora revoltados, nada os impediria de continuar com a mobilização. Segundo ele, foi melhor que no primeiro dia, pois toda a imprensa estava presente.
Confusão
Impedidos de entrar na galeria do plenário, sugeriram senhas para os deputados limitarem a entrada de visitantes no local. Revoltados, policiais militares, bombeiros e familiares entraram na ‘marra’ no plenário e em protesto, se mantiveram de costas para o parlamentar que sugeriu as senhas. Para apaziguar os ânimos: POLÍCIA DISTRITAL – Tudo noticiado pela imprensa.
Casa do Povo
Reunidos com CABO JÚLIO, a caravana do Triângulo Mineiro não aceitava serem apenas “Bonecos de Presépio” daquele momento. “Era o cúmulo do absurdo, nós, adultos chacoalhando as mãos, treme-treme”, lembra. Adão conta que esta era a única forma de manifestação durante a reunião plenária. Um absurdo, segundo ele, que estava dentro da “CASA DO POVO”.
Mais revoltados ainda, CABO JÚLIO comandou um manifesto pacífico em que todos entoavam em alto e bom tom – VOTA, VOTA, VOTAAAAAAA. Era a cara da PEC 300 mostrando sua força. Na hora do Hino Nacional, os militares mostraram para que e porque estavam lá.
Embora a PEC 300 não tenha entrado na pauta, os militares não desistiram de continuar pressionando.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Vamos todos apoiar as ações descritas no link anexo.
Tropa sem comandante uma ova.
Sou Sargento e tenho contato com vários cmts devido minhas funções e todos que converso apoiam as medidas, muitos cansados de ver que o comando não toma nenhuma medida em prol de melhoria salarial e revoltados com as últimas promoções.
Vamos em frente todos juntos e unidos.

Anônimo disse...

Eu estive lá em Brasilia-DF. É realmente desgastante enfrentar uma viagem de 08 horas e depois chegar numa cidade estranha e não saber onde vai comer ou onde vai tomar banho e nem onde vai dormir. Dormir 03 noites dentro de um ônibus não é fácil não. Mas acontece que a gente é "soldado" e estamos numa guerra para a aprovação desta pec, então vale tudo, qualquer sacrifício. A gente vai com a cara e a coragem como aquele dito antigo. Mas valeu a pena porque a gente percebeu que se a gente quiser conseguir alguma coisa, tem que ser assim. PRESSIONAR. Aqueles deputados, com excessão de alguns tem o couro muito grossa.