FATALIDADE
O policial militar Luis Antonio Ricardo, 39 anos, de Florianópolis, morreu, ontem, ao cair de um helicóptero. Ele estava monitorando os focos de queimadas na quarta linha do Ribeirão, em Rondônia, há mais de 15 dias. O acidente aconteceu entre Guajará Mirim e Nova Mamoré, a cerca de 50 metros do chão, durante o pouso em uma área de mata fechada. A aeronave pertence à empresa Helisul e tinha capacidade para seis tripulantes.
Segundo o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), César Luis Guimarães, não há como explicar o acontecimento a não ser chamá-lo de fatalidade, já que o servidor público tinha mais de 10 anos de experiência na atividade, que é intitulada de Fiel.
Guimarães afirma que o catarinense estava à disposição do Ibama e que, junto com ele, havia mais quatro pessoas na aeronave, mas somente ele caiu. Na hora do pouso havia bastante turbulência. Ricardo prestava auxílio ao comandante, verificando as irregularidades na pista de pouso. O policial usava todos os equipamentos de segurança na hora que aconteceu o acidente. Mas, ao abrir a porta do helicóptero, o nó da âncora se desfez e o servidor público acabou caindo do aparelho e morrendo no local.
– O Ibama está em luto. Ricardo era um profissional altamente qualificado. Este é um fato inédito. Nunca aconteceu no Ibama, nem mesmo nenhum incidente parecido – comentou o superintendente do Ibama de Rondônia, César Luis Guimarães.
Corpo do policial será enterrado em Florianópolis
Guimarães disse que tanto a entidade quanto a Helisul estão passando por um momento difícil e de luto, além de estarem prestando total assistência à família. O corpo será enterrado em Florianópolis.
Policiais do sexto Batalhão Militar em Nova Mamoré, juntamente com o Corpo de Bombeiros, atenderam a ocorrência. Eles providenciaram a remoção do corpo até Porto Velho.
Durante a operação, os policiais conversaram com alguns vizinhos, que contaram detalhes do acidente.
– Eu vi quando ele caiu. Parecia que havia perdido o equilíbrio – comentou uma testemunha que não quis se identificar. O policial militar Luis Antonio Ricardo deixou esposa e um filho.
* Repórter do Diário da Amazônia, Rondônia
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