8 de maio de 2011

Polícias Militar e Civil divergem em relação à lei que exige que oficiais tenham curso de direito

As divergências entre as polícias Militar e Civil em Minas Gerais chegaram ao Judiciário. A pedido dos civis, o Partido Social Liberal (PSL) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) questionando a criação de carreira jurídica militar ao ser exigida dos oficiais da PM a formação em curso de direito. A alteração na Constituição Estadual foi feita no ano passado, por meio da Emenda Constitucional 83, que prevê também a realização de concurso público para o ingresso no quadro de oficiais da corporação.
O argumento jurídico apresentado na Adin é que a emenda foi proposta por um parlamentar, enquanto a prerrogativa seria exclusiva do governo do estado, a quem cabe “deflagrar processo legislativo de atos normativos que disponham sobre criação, extinção, estruturação e atribuições de órgãos da administração pública”, segundo a Constituição Federal. O PSL pediu liminar para suspender os efeitos da emenda até o julgamento do mérito sob o argumento de que tem causado “tumultos” no sistema de segurança pública do estado. O relator é o ministro Gilmar Mendes.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindipol), Denilson Martins, além de ser ilegal em razão da autoria da emenda, a regra cria uma carreira jurídica que não está prevista na Constituição Federal. “A carreira jurídica militar iria legitimar a usurpação de funções da Polícia Militar, como a condução de investigações”, reclama o dirigente sindical.
A Polícia Militar contesta. Segundo o assessor de Comunicação da PM, tenente-coronel Alberto Luiz Alves, a emenda apenas representa uma preocupação com a qualificação profissional dos militares. A exigência do curso de direito se justifica porque esses militares são encarregados de presidir inquéritos relacionados a crime militar, além de poderem ser deslocados para a Justiça Militar e assumir a função de juiz, o que exige deles um conhecimento específico. “Se houver declaração de inconstitucionalidade da emenda, será um retrocesso”, diz o tenente-coronel.
Restrição A reclamação não partiu apenas dos policiais civis. Durante a tramitação da matéria na Assembleia, houve uma audiência pública com representantes de 26 instituições de representação profissional. Para eles, ao exigir o diploma de direito para patentes que vão de segundo-tenente a coronel, a PM restringe a possibilidade de ascensão dos demais profissionais e acaba com a pluralidade de conhecimentos dentro da polícia.
Há previsão de concurso público para a PM de Minas Gerais até o final deste ano. Por enquanto, a orientação é que seja exigido o diploma de curso superior para quem quer ser oficial e praça.
FONTE: ESTADO DE MINAS - 08/05/2011
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6 comentários:

Anônimo disse...

Policiais Civis, isto é manobra do governo Anastasia, vejam daqui a pouca ele irá diminuir o nº de vagas para os concursos da PC, e vai semeando que os inqueritos deve ser feitos dentro de cada Instituição como voces são minoria vejam só o que o PSDB está costurando a linha miuda, daqui dia menos dia o PSDB vai dar uma rasteira na PC, quem viver verás.

Anônimo disse...

Não vão fazer falta nenhuma,esse bando de incompetentes.

Anônimo disse...

Garanto que as apurações aqui são mil vezes melhores e as investigações idem.
Deixem a PM fazer tudo, inquérito, escutas, pedidos de prisão e mandados.
Vamos engolir tudo e colocar os vagabas no xadrez onde devem ficar.

Anônimo disse...

Concordo que a PM faça tudo, pois a PM já mastiga tudo PC só engoli.

Anônimo disse...

A PM REALMENTE MASTIGA TUDO, VEJAM AS PADARIAS, OS AÇOUGUES E ATÉ OS SUPERMERCADOS JÁ NÃO AGUENTAM MAIS ALIMENTAR ESSE MONTE DE HOMENS OU MELHOR "POLICIAIS" QUE PARASSEM UNS MORTOS DE FOME. O COLEGA TEM RAZÃO, DEIXA A PM ENGOLIR TUDO.

Anônimo disse...

A PM REALMENTE MASTIGA TUDO, VEJAM AS PADARIAS, OS AÇOUGUES E ATÉ OS SUPERMERCADOS JÁ NÃO AGUENTAM MAIS ALIMENTAR ESSE MONTE DE HOMENS OU MELHOR "POLICIAIS" QUE PARASSEM UNS MORTOS DE FOME. O COLEGA TEM RAZÃO, DEIXA A PM ENGOLIR TUDO.