Não são apenas aparelhos caros e com manutenção dispendiosa que faltam aos peritos da Polícia Civil de Minas. Depois da publicação, na edição de segunda-feira, das condições precárias de trabalho da categoria, peritos procuraram O TEMPO para reclamar que falta o básico, até mesmo farol em carro e câmera fotográfica.
"Não é só o aparelho para comparação balística que está com problemas. Equipamentos básicos estão sucateados e falta manutenção. Não temos condições de atender bem à população", afirma uma perita com mais de 22 anos de carreira.
De acordo com outro perito, atualmente, eles são obrigados a trabalhar sem detectores de metais. Além disso, as capas de chuva e as luvas são de qualidade ruim. "Não estou falando nada de outro mundo, mas, sim, de coisas necessárias para a execução de um trabalho que servirá para o julgamento de um crime. As máquinas fotográficas também estão muito velhas".
Segundo outro perito, os carros não têm sequer farol. "Se fosse um carro normal, nossos já teriam sido multados várias vezes. É um risco para todos que estão no trânsito", alerta. "Sem condições, nosso trabalho atrasa e o mesmo acontece com os inquéritos policiais", completa.
Resposta. Em nota, a assessoria da Polícia Civil informou que há equipamentos de proteção pessoal disponíveis e que os veículos passam por revisões regulares. A equipe disse ainda que o departamento conta com câmaras digitais semiprofissionais, adquiridas em 2010.
FONTE: O TEMPO
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