3 de fevereiro de 2017

POLÍCIA CIVIL APREENDE R$ 1,5 MILHÃO EM PASTA BASE DE COCAÍNA

Polícia Civil apreende mais de R$1 milhão em pasta base de cocaínaOperação deflagrada nesta quarta-feira (1º) encontrou 23 quilos da droga e prendeu três suspeitos

Uma residência aparentemente comum na área nobre de Juiz de Fora, na Zona da Mata, foi alvo de uma operação da Polícia Civil que desmantelou um esquema de tráfico de drogas e prendeu três pessoas nesta quarta-feira (1º). No local, foram encontrados 23 quilos de pasta base de cocaína e materiais para refino do entorpecente. Estimativas dos investigadores apontam que com a droga a quadrilha iria lucrar R$ 1,5 milhão.

Segundo o delegado Rafael Gomes, titular da Delegacia Especializada Antidrogas, as investigações contra a quadrilha começaram há um mês, quando os policiais notaram um aumento da entrada de drogas no município. Diligências revelaram que a residência, localizada no bairro Alto dos Passos, era suspeita de ser uma espécie de sede do grupo, tendo em vista a intensa movimentação de pessoas no local.

Em ação policial realizada na residência, os investigadores prenderam em flagrante dois homens de 22 anos naturais do Ceará. Com os suspeitos, além da droga, foram encontradas balanças de precisão, recibos de transferências e materiais para refino da droga. Questionados, os suspeitos confessaram que integram a quadrilha há pelo menos sete meses.

“Eles alegaram que vieram para trabalhar em Juiz de Fora em uma empresa de revenda de cesta básica e foram convidados para entrar no tráfico de droga”, disse o delegado Rafael Gomes. “Eles disseram que estavam precisando do dinheiro na época e por isso entraram no crime”.

De acordo com o delegado, dentro da quadrilha a dupla de cearenses era responsável pela guarda da droga na residência, a contabilidade e a entrega dos entorpecentes pela cidade.

Durante a ação, um terceiro homem de 29 anos que havia passado pela residência momentos antes da operação foi procurado pela Polícia Civil, mas só foi encontrado horas depois pela Polícia Militar na região norte de Juiz de Fora. O suspeito estava de posse de um Fiat Mobi preto e de cerca de R$22 mil em espécie.

“Ele é um dos cabeças dessa associação criminosa”, descreve o delegado Gomes. “[Ele] Já tem passagens por tráfico de drogas, posse de armas e outros crimes aqui na cidade. A prisão dele é uma grande conquista da Polícia Civil”.

As investigações também realizaram buscas em um apartamento no mesmo bairro em que foi encontrada a pasta base. O imóvel está no nome de uma mulher natural do Ceará que, segundo informações coletadas pela Polícia Civil, não se encontra em Juiz de Fora. No local, os policiais encontraram uma pedra bruta de crack e documentos que apontam transações bancárias de até R$55 mil. A mulher também seria a proprietária do Fiat Mobi apreendido com o suposto líder da quadrilha.

“A gente já tem a qualificação dela e, no tempo oportuno, ela será intimada”, disse o delegado. “A nossa intenção é que ela retorne à Juiz de Fora e explique o motivo da droga encontrada na casa dela, o motivo dos diários de contabilidades suspeitos, e por que o carro dela estava com um traficante envolvido com 23 quilos de pasta base de cocaína”.

As investigações do caso terão continuidade nos próximos dias. De acordo com o delegado, há pelo menos outras duas pessoas suspeitas de envolvimento no esquema, além dos traficantes maiores e menores da região que podem ser identificados.

Os três suspeitos que foram presos nesta quarta-feira foram encaminhados para a Central de Flagrantes (Ceresp) de Juiz de Fora.

Droga chegava em caminhões com cestas básicas

Informações extraoficiais coletadas pela Polícia Civil apontam que os 23 quilos de pasta base de cocaína provavelmente eram oriundos da Bolívia e que chegaram ao Brasil por meio de uma rota em Mato Grosso. Uma vez no território brasileiro, o entorpecente era distribuído para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

“A gente apurou que essa droga era escondida em fundos falsos de caminhões de empresas privadas. Temos informações, que estão sendo apuradas, que uma das companhia envolvidas trazia as drogas junto com cestas básicas à Juiz de Fora”, disse Rafael Gomes, delegado titular da Delegacia Especializada Antidrogas.

Dentro do município da Zona da Mata, a droga era refinada e revendida para os traficantes maiores da região, que, por sua vez, revendiam os entorpecentes para criminosos menores. Estimativas da Polícia Civil apontam que os 23 quilos de pasta base poderiam gerar, no mínimo, 150 quilos de cocaína. No mercado, a quantia era equivalente a pelo menos R$1,5 milhão.

FONTE: O TEMPO
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