18 de abril de 2012

A MELHOR POLÍCIA DO BRASIL?

O governador já sabe, tanto é que mudou toda a cúpula das duas polícias. A Assembleia Legislativa já sabe, por que o deputado mais bobo naquela casa é capaz de consertar avião em pleno voo. 
Da mesma forma, os desembargadores, juízes, promotores, todos já sabem que estamos vivendo um momento muito difícil na área de segurança pública. Eu só preciso dizer que, mesmo os mais pacientes -como é o meu caso- já não suportam tanto sucateamento da Polícia Civil e a indiferença crescente em relação à Polícia Militar. 
Já sei que vão me ligar dizendo "assim você faz crescer o sentimento subjetivo da insegurança" ou que "dificuldades existem, mas estão sendo enfrentadas" e mais um sem número de coisas que ouço há mais de três décadas. O que quero dizer, com todas as letras, é que vivemos o pior dos mundos, nos últimos 20 anos, e não há reação à altura. Depois que a dupla Aécio/Anastasia assumiu, os índices de criminalidade baixaram e havia perspectivas de futuro, com programas de prevenção e a retirada dos presos das delegacias. 
Agora, sabe-se que investiram apenas 30% do que deveriam no "Fica Vivo", outros programas estão despedaçados, o "Aliança pela Vida" -para o enfrentamento das drogas- ficou na promessa e a tal da integração das polícias continua restrita aos discursos de cúpula. 
Se quiserem bons exemplos de como estamos em situação delicada, posso lembrar o caso do Mercado Central, cujos executivos pediram a um funcionário para pegar cópia de ocorrência junto à 6ª Companhia da PM, que fica na área central de Belo Horizonte. Informado de que não havia tinta na impressora, foi orientado a pegar tal cópia na Seccional Centro, da Polícia Civil, onde lhe disseram que não havia impressora. 
Posso também transmitir-lhes o caso do empresário que chegou sábado à noite ao nosso aeroporto internacional, detectou o furto do estepe (embora o carro estivesse no estacionamento e ao custo de R$ 92) procurou o posto da PM e foi informado de que não poderiam registrar a queixa porque a impressora estava estragada, sendo encaminhado ao posto da Polícia Civil. 
Eduardo CostaLá, o agente de plantão não apenas recusou-se a prestar o serviço, alegando que o "sistema" estava fora do ar, como ainda disse que conhece muita gente capaz de inventar uma boa estória para ver se consegue um pneu novo. Senhores chefes das polícias, a coisa está ficando fora de controle e todo mundo está percebendo. "O apocalipse chegou?".
EDUARDO COSTA escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Jornal Hoje em Dia


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